Potencial antioxidante de Pleurotus eryngii: comparação entre amostras silvestres e cultivadas
Conference Paper
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abstract
Nos últimos anos tem aumentado a procura de novos produtos naturais com potencial
antioxidante que ajudem o nosso sistema de defesa endógeno contra o stresse oxidativo. Nesta
perspectiva, os antioxidantes presentes na dieta assumem um pape l importante como
possíveis agentes protetores. As propriedades antioxidantes dos cogumelos s ilvestres têm sido
extensivamente estudadas e muitos compostos antioxidantes, tais como compostos fenólicos,
tocoferóis, ácido ascórbico e carotenoides têm sido identificados. 1
Este trabalho apresenta as propriedades antioxidantes e o perfil fenólico da espécie
Pleurotus e1yngii, comparando os resultados obtidos no cogumelo silvestre, com o
culti vado/comercializado e o micélio deste último produzido por cul tura in vitro. A atividade
antiox idante das amostras foi aval iada at ravés da determinação do poder redutor (ensaios de
Folin-Cioca/teu e Ferricianeto/Azul da Prússia), atividade captadora de radicais livres (ensaio
DPPH- 2,2-difenil- I -picril-hidrazi lo) e ini bição da peroxidação lipídica (ensaios do sistema Pcaroteno/
linoleato e TBARS- substâncias reativas do ácido tiobarbitúrico, este último em
homogeneizados de células cerebrais animais). A análise do pernl fe nólico foi efetuada por
cromatografia líquida de alta eficiênc ia acoplada a um detetor de fotodíodos (HPLC-PAD). A
espéc ie si lvestre apresentou maior atividade antioxidante na maioria dos ensaios utilizados. O
perfil de ácidos fenólicos e compostos relacionados foi bas tante diferente nas três amostras.
Enquanto a espécie silvestre apresentou apenas os ácidos p -hidroxibenzoico e cinâmico, a
espéc ie cultivada apresentou também os ácidos protocatéquico e p-cumárico (note-se que,
apesar disso, a quantidade total nesta amostra foi inferior) . .Já o micélio apresentou uma
elevada concentração de ác ido gá li co, não tendo sido encontrados, nesta amostra, os restantes
ácidos fenólicos. As diferentes condições de crescimento certamente influenciaram a
produção de metabolitos secundários em cada uma das amostras.
O va lor nutricional da espéc ie cul ti vada já foi descrito pelo nosso grupo de
investigação,2 estando neste momento em estudo a espécie sil vestre.
O presente trabalho contribui para o aumento da informação relativamente a uma das
espécies de cogumelos mais consumida em fresco (quer silvestre, quer
culti vada/comercializada), incluindo a possibilidade da sua produção in vitro com o intuito de
obter compostos bioativos de interesse.