Proximidade entre as doses citotóxicas de própolis para linhas celulares tumorais e não-tumorais Conference Paper uri icon

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  • A própolis é um produto quimicamente complexo obtido pelas abelhas a partir de exsudados resinosos de diferentes plantas, que é misturado com cera e secreções salivares. A sua composição química é muito variável e dependente da flora disponível em torno da colmeia. Além disso, a composição da própolis depende da sazonalidade, altitude, tipo de coletor, disponibilidade de alimentos e atividade desenvolvida durante a exploração da própolis. Quimicamente foram já identificados mais de 300 compostos na própolis, entre os quais diversas classes de moléculas bioativas como são os compostos fenólicos e que inclui os ácidos fenólicos, os flavonóides e os seus derivados [1]. Estudos recentes, realizados in vitro e in vivo, sugerem que a própolis apresenta propriedades antitumorais[2]. No entanto, será a sua citotoxicidade específica para células de tumorais? Para responder a esta pergunta, avaliou-se a citotoxicidade de seis amostras de própolis português de diferentes origens utilizando linhas celulares tumorais humanas (adenocarcinoma de mama - MCF7, carcinoma de pulmão - NCI- H460, carcinoma do cólon - HCT15, carcinoma da cervical - Hela e carcinoma hepatocelular - HepG2) e culturas primárias de células não tumorais (PLP2), usando o ensaio colorimétrico da sulforodamina B [3] . Os extratos de própolis estudados apresentaram elevado potencial citotóxico para as linhas celulares tumorais, principalmente para a HCT15. No entanto, com excepção da linha celular mencionada, os extractos mostraram também citotoxicidade para células não-tumorais de fígado (PLP2), nos valores de Gl 50 obtidos para as linhas tumorais. Os extratos fenólicos da própolis compreendem fitoquímicos que, atendendo às suas propriedades bioativas, requerem estudo adicionais para utilização no tratamento do carcinoma de cólon . Nos outros casos, a proximidade das doses citotóxicas in vitro para as linhas tumorais e para as células não-tumorais deve ser confirmada por testes in vivo e, consequentemente, considerar a necessidade de isolar compostos específicos dentro do extrato de própolis.

publication date

  • January 1, 2014