Contributos do projeto PerSoParAge para transição digital nos territórios envelhecidos
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Um Governo que considera a transição digital como um dos instrumentos para o desenvolvimento do país não pode descurar a população dos seus territórios mais envelhecidos e do interior. Se almejamos uma sociedade digital, inclusiva e orientada para o cidadão com oportunidades para todos é fundamental oferecer as competências para enfrentar os desafios da transição digital. Esta mudança exige políticas específicas de base territorial que privilegiem a diversidade e especificidade geográfica dos seus contextos e populações. É neste sentido que o projeto PerSoParAge pretende contribuir apresentando propostas, tendo em vista a definição de políticas territoriais para a inclusão e literacia digital dos territórios envelhecidos do interior do país.
Materiais e métodos: Partindo da análise do território do interior de Portugal, com base em métodos quantitativos e qualitativos, através de inquérito por questionário acerca da utilização das TIC aplicado à população com mais de 55 anos dos distritos de Castelo Branco, Guarda e Portalegre. A amostra compreende 408 indivíduos e os dados foram alvo de análise estatística descritiva, das questões de resposta fechada, e análise de conteúdo, das questões de resposta aberta, em função da natureza das variáveis em estudo. Resultados: Os resultados do projeto PerSoParAge indicam que as populações mais envelhecidas, com baixo nível de escolaridade e residentes em zonas rurais, têm dificuldades de acesso às redes digitais, uma reduzida utilização de dispositivos tecnológicos e da internet, bem como níveis significativos de exclusão e iliteracia digital. Discussão: Urge investir a nível digital nos territórios do interior do país, contribuindo para o seu desenvolvimento, e nas pessoas mais envelhecidas, capacitando-as e incluindo-as digitalmente. Neste sentido, apresentam-se propostas de políticas para a inclusão e literacia digital que visam a promoção de uma estratégia digital de cariz territorial, através de medidas diferenciadas e ajustadas de acordo com as necessidades e interesses das populações de cada região, em meio urbano e rural. Estas propostas organizam-se em três pilares estruturantes: comunidade, proximidade e articulação intersectorial.