Efeito da aplicação de revestimentos de quitosano e de extratos de alecrim na qualidade da castanha durante o seu armazenamento à temperatura ambiente e refrigerado Conference Paper uri icon

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  • A castanha (Castanea sativa Mill.) é um produto bastante perecível, sendo importante encontrar métodos para reduzir as perdas económicas no período da pós-colheita. Os revestimentos comestíveis surgem como uma possível alternativa, pois podem reduzir a perda de peso e o desenvolvimento de bolores. No presente estudo avaliou-se o efeito da aplicação de revestimentos à base de quitosano e extratos de alecrim, ao nível da conservação deste fruto ao longo de 0, 1 e 3 meses. As condições estudadas foram: castanhas sem revestimento armazenadas a 20 ºC (I) e sob refrigeração (II), castanhas com extrato de alecrim armazenadas sob refrigeração (III), castanhas revestidas com quitosano (IV) e com extrato de alecrim (V) armazenadas a 20 ºC. Os parâmetros avaliados foram: o aspeto visual do fruto, o número de frutos apodrecidos, perda de peso, cor, atividade da água e teor de humidade. As castanhas pulverizadas com a solução de quitosano e quitosano com extrato de alecrim, apresentaram um aspeto mais brilhante em comparação com as amostras controlo. Ao longo do tempo não se verificaram grandes alterações visuais. A perda de peso aumentou em todas as amostras durante o armazenamento, tendo sido maior nas castanhas armazenadas à temperatura ambiente. Após 3 meses de armazenamento, verificou-se que as amostras revestidas com quitosano e extrato de alecrim apresentaram os menores valores de perda de peso (32,7%), sem diferenças significativas em relação ao controlo refrigerado. Do 1º ao 3º mês, observou-se um aumento de frutos apodrecidos em todas as condições testadas. Constatou-se um decréscimo no teor de humidade, logo após um mês de armazenamento. A única condição onde o decréscimo não foi tão acentuado foi no controlo refrigerado, indicando que a aplicação de baixas temperaturas no armazenamento deste fruto é essencial para que a perda de água não seja tão significativa.
  • Os autores agradecem à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT, Portugal), o financiamento atribuído por fundos nacíonais (FCT /MCTES (PIDDAC)) ao CIMO (UIDB/00690/2020 e UIDP/00690/2020) e ao SusTEC (lA/P/0007/2021). Os autores também agradecem o financiamento atribuído ao Projeto RevestCAST (nQ 49276, Portugal 2020, COMPETE2020) e ao Projeto GreenHealth (NORTE-01-0145-FEDER-000042), co-financiado pelo Fundo de Desenvolvimento Regional Europeu (ERDF) através do NORTE 2020 (Programa Operacional Regional do Norte 2014/2020).

publication date

  • January 1, 2022