Efeito de três revestimentos comestíveis nas propriedades físico-químicas e qualidade microbiológica de castanhas durante o seu armazenamento
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Portugal é um importante produtor de castanha (Castanea sativa Mill.) a nível mundial. No entanto, as castanhas são um fruto muito suscetível ao crescimento microbiano e à desidratação. Os revestimentos comestíveis podem surgir como um novo tratamento para manter a qualidade da castanha durante mais tempo. Com vista a obter mais informação sobre este ponto, o presente trabalho visou avaliar o efeito de três
revestimentos (proteína do soro, alginato e quitosano) nas propriedades físico-químicas e microbiológicas de castanhas, armazenadas durante 6 meses sob refrigeração. Os resultados indicaram que em todas as amostras poucas variações ocorreram no teor de humidade, atividade de água e textura ao longo do tempo de armazenamento. Pelo contrário, verificou-se uma diminuição nos valores de a*, b* e C da casca exterior em
todas as amostras, e um aumento no valor de L* nas castanhas revestidas com alginato, até 3 meses. Em relação à acidez e ao teor de sólidos solúveis totais, observou-se um aumento para as amostras revestidas e controlo após 6 meses de armazenamento face ao início, bem como na contagem de microrganismos, com uma exceção. Após 6 meses de armazenamento, as amostras revestidas com quitosano foram as que apresentaram as menores contagens de microrganismos a 30 °C (4,30±0,26 log ufc/g) e de bolores e
leveduras (5,24±0,11 log ufc/g). Assim, o revestimento de quitosano mostrou ter algum potencial para aumentar o tempo de vida útil da castanha, uma vez que retardou o crescimento microbiano.
Trabalho financiado pelo Projeto ValorCast (PDR2020-101-032034),
no âmbito de uma iniciativa comunitária promovida pelo PDR2020 e cofinanciada pelo
FEADER, Portugal 2020. Este trabalho foi também parcialmente financiado pelo CIMO
(UID/AGR/00690/2019) através do FEDER no âmbito do PT2020.