Efeito de três embalagens e do tempo de armazenamento nas propriedades físico-químicas e qualidade microbiológica de castanhas
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O castanheiro (Castanea sativa Mill.) é uma cultura com grande importância económica para Portugal, sendo que as maiores áreas de cultivo se encontram no Norte do País. A castanha é um fruto que apresenta alguns problemas de conservação e de manutenção da qualidade ao longo do tempo de armazenamento, visto que é um fruto muito susceptível ao crescimento de bolores e perda de peso. O uso de diferentes tipos de embalagens pode ser uma solução para a indústria da castanha. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de diferentes embalagens - atmosfera modificada (MAP) (0,3% O2 e 31,7% CO2), polietileno (PE) e vácuo (VAC) - nas propriedades físico-químicas e microbiológicas de castanhas em fresco durante o armazenamento (1, 2, 3 e 6 meses). Os resultados mostraram que as castanhas em MAP tiveram a menor variação da cor (DE*) na casca (10,9±5,8), enquanto no interior do fruto foi o controlo (7,0±2,6). O VAC e a MAP acarretaram uma diminuição nos valores de atividade de água (aw) e da força da casca, após 6 meses de armazenamento. Ao comparar os 6 meses com o tempo zero, os valores de acidez e de sólidos solúveis totais aumentaram em todas as amostras. No final do armazenamento, só se observou um aumento significativo na contagem de microrganismos totais nas amostras controlo. Em relação aos bolores e leveduras, estes aumentaram no controlo e no PE. Em conclusão, o uso de MAP e VAC inibiu a proliferação de microrganismos.
Trabalho financiado pelo Projeto ValorCast (PDR2020-101-032034),
no âmbito de uma iniciativa comunitária promovida pelo PDR2020 e cofinanciada pelo
FEADER, Portugal 2020. Este trabalho foi também parcialmente financiado pelo CIMO
(UID/AGR/00690/2019) através do FEDER no âmbito do PT2020.