Cogumelos silvestres Portugueses: valorização como alimentos funcionais e fonte de nutracêuticos
Conference Paper
Overview
Research
Additional Document Info
View All
Overview
abstract
Os cogumelos silvestres possuem grande diversidade de biomoléculas com valor nutricional e/ou
propriedades medicinais. Neste trabalho, apresentam-se resultados do estudo de espécies do Nordeste de
Portugal. Os extratos fenólicos de Clitocybe alexandri, Lepista inversa e Suillus collinitus foram caracterizados
e mostraram potenciais efeitos anti-tumorais em linhas celulares tumorais humanas, que se traduzem
especificamente na indução de paragem do ciclo de divisão celular e na indução de morte celular programada
(apoptose) em linhas celulares modelo, derivadas de diferentes tipos de tumores humanos. Verificou-se que
extratos de C. alexandri induzem paragem no ciclo celular e apoptose numa linha celular de cancro do pulmão,
constituindo-se assim como fonte potencial de novos agentes citotóxicos. Descobriu-se ainda que o extrato
metanólico de S. collinitus aumenta a expressão da proteína supressora de tumores p53, causa paragem no ciclo
de divisão celular e aumenta a apoptose numa linha celular modelo de cancro da mama. Tendo em conta o
potencial anti-tumoral evidenciado em condições in vitro pelas espécies mencionadas, os extratos/compostos
fenólicos prefiguram-se como potenciais fontes de agentes citotóxicos e poderão encontrar, caso estudos
futuros o comprovem, potencial utilização no tratamento do cancro, a segunda causa de morte nos países
desenvolvidos. Em específico, podem potencialmente servir para acrescentar e diversificar os “pipelines” de
desenvolvimento de fármacos da indústria farmacêutica ou de alimentos funcionais.
Os cogumelos silvestres possuem grande diversidade de biomoléculas com valor nutricional e/ou propriedades medicinais. Têm sido reconhecidos como alimentos funcionais e como fonte de compostos para o desenvolvimento de fármacos e nutracêuticos, incluindo compostos com propriedades anti-tumorais. Exemplos disso são os β-glucanos “Lentinan” (do cogumelo Lentinus edodes) e “Schizophyllan” (do meio de cultura de Schizophyllum commune) ou os glucopéptidos PSP e “Krestin” (PSK) (do micélio de Coriolus versicolor).
Para além dos cogumelos mencionados, existem muitos outros conhecidos como sendo medicinais e existe um potencial enorme nas espécies ainda não exploradas do Nordeste Português. Por esse motivo, o nosso grupo analisou algumas destas espécies ainda não estudadas, tais como Clitocybe alexandri, Lepista inversa e Suillus collinitus. Os seus extratos fenólicos foram caracterizados e mostraram potenciais efeitos anti-tumorais em linhas celulares tumorais humanas, que se traduzem especificamente na indução de paragem do ciclo de divisão celular e na indução de morte celular programada (apoptose) em linhas celulares modelo, derivadas de diferentes tipos de tumores humanos. Verificámos que extratos de Clitocybe alexandri induzem paragem no ciclo celular e apoptose numa linha celular de cancro do pulmão, constituindo-se assim como fonte de potenciais novos agentes citotóxicos. O nosso grupo de investigação descobriu também que o extrato metanólico de Suillus collinitus aumenta a expressão da proteína supressora de tumores p53, causa paragem no ciclo de divisão celular e aumenta a apoptose numa linha celular modelo de cancro da mama.
Tendo em conta o potencial anti-tumoral evidenciado em condições in vitro pelas espécies mencionadas, os extratos/compostos fenólicos prefiguram-se como potenciais agentes citotóxicos e poderão encontrar, caso estudos futuros o comprovem, potencial utilização no tratamento do cancro, a segunda causa de morte nos países desenvolvidos. Em específico, podem potencialmente servir para acrescentar e diversificar os “pipelines” de desenvolvimento de fármacos da indústria farmacêutica ou de alimentos funcionais.