Efeito da colheita manual e mecânica de castanha (Castanea sativa Miller) ao nível da cor, textura e perfil de açúcares
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resumo
Em 2020, em Portugal foram produzidas 42 180 toneladas de castanha, correspondendo ao sétimo e quarto lugares ao nível mundial e europeu, respetivamente. A castanha pode ser colhida manual ou mecanicamente, sendo o último processo mais eficiente. Contudo, em alguns estudos têm sido referidos a ocorrência de cortes ou abrasões na superfície dos frutos, reduzindo a sua qualidade. No presente estudo pretendeu-se estudar o efeito da colheita manual e mecânica de castanha (Castanea sativa Mill.) ao nível da cor, textura e perfil de açúcares. Quanto à ocorrência de cortes e abrasão no exterior do fruto, verificou-se menor presença quando o fruto é colhido manualmente face ao fruto colhido mecanicamente (38% versus 52% de cortes e 64% versus 100% de abrasão, respetivamente). Relativamente à cor exterior e interior do fruto, observaram-se em algumas situações, diferenças significativas entre as técnicas de colheita e ao longo do armazenamento. Pelo contrário, em relação à textura, salvo raras exceções, não foram observadas diferenças significativas entre os dois métodos de colheita e ao longo do tempo. Os sólidos solúveis totais foram superiores a 50 g/100 g p.s., tendo os maiores valores sido determinados nos frutos colhidos mecanicamente, após 2 e 3 meses. O amido só foi determinado no início e no fim do armazenamento, não se detetando diferenças significativas entre os dois métodos de colheita. Os açúcares redutores oscilaram entre 0,34 e 0,59 g glucose/100 g p.s., em termos médios, obtendo-se para a colheita mecânica valores ligeiramente inferiores aos determinados para a colheita manual, com a exceção dos 0 e 3 meses. Relativamente aos açúcares individuais, foram determinados a glucose, frutose, sacarose+maltose e rafinose.
Os autores agradecem ao PDR2020 e FEADER o financiamento atribuído ao
projeto ValorCast (PDR2020-101-032034), no âmbito do Portugal 2020, e à Fundação para a
Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal) e aos fundos nacionais FCT/MCTEs (PIDDAC) pelo apoio
financeiro ao CIMO (UIDB/00690/2020 e UIDP/00690/2020) e SusTE C (LA/P/0007/2021).
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