Competitividade do turismo e impacto no crescimento económico nos países lusófonos Book Conference Paper uri icon

abstract

  • In the field of entrepreneurship, for over 10 years, the Polytechnic Institute of Bragança (IPB), through its entrepreneurship office, has been: fostering entrepreneurship in the academic community; provide extracurricular training in business context topics; promote the national Poliempreende business ideas contest; and integrate the Regional Network for the Promotion of Entrepreneurship, creating a favorable environment for the emergence of new entrepreneurial initiatives in the academic context. But will the students of the artistic courses of this institution feel properly informed and fit in this space? A first informal approach gave us a clear indication that the space could be more attractive, different and appropriate for this type of audience. The present study aimed to report a case study to evaluate a co-creation space, in which the students of the arts courses could have, at IPB Higher School of Education, an environment of exchange and orientation regarding the generation, design and development of its ideas and business projects, under the understanding that such a space would allow the connection of ideas and diverse people from Portugal and Brazil, as well as from Portuguese-speaking African countries. Thus, through a theoretical-practical approach, meetings were proposed in which students could experience the experience of being part of a space for exchange and guidance regarding the generation, design and development of their ideas and projects. The case study we presented focused on: data collection about the students' real needs; presentation of an intervention plan according to the students' profile and their needs; development of the training plan and its observation; and analysis of the degree of satisfaction of the participants. Assuming that in a case study the results are valid only for the case under study, we now highlight their value and importance in providing a thorough knowledge of a delimited reality. From this perspective, the initial results indicate that having such a space for students to meet to explore, experiment and share tools and knowledge can be an innovative form of entrepreneurship education, as well as being a building strategy, considering the diversity of lusophony.
  • No âmbito do empreendedorismo, desde há mais de 10 anos que o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), através do seu gabinete de empreendedorismo, tem vindo a: fomentar o espírito empreendedor na comunidade académica; fornecer formação extracurricular em temáticas relacionadas com o contexto empresarial; promover o concurso nacional de ideias de negócio Poliempreende; e integrar a Rede Regional de Fomento ao Empreendedorismo, criando um ambiente favorável ao surgimento de novas iniciativas empresariais em contexto académico. Mas os alunos dos cursos de índole artística desta instituição sentir-se-ão devidamente informados e enquadrados neste espaço? Uma primeira abordagem informal deu-nos uma clara indicação de que o espaço poderia ser mais atrativo, diferente e adequado a este tipo de público. O presente estudo teve por objetivo relatar um estudo de caso para avaliar um espaço de coCriAção, no qual os alunos dos cursos de artes pudessem ter, na Escola Superior de Educação do IPB, um ambiente de troca e orientação no tocante à geração, desenho e desenvolvimento das suas ideias e projetos de negócio, sob o entendimento de que um espaço dessa natureza propiciaria a conexão de ideias e de pessoas diversas e oriundas tanto de Portugal como do Brasil ou mesmo de países africanos de língua oficial portuguesa. Assim, através de uma abordagem teórico-prática, foram propostos encontros nos quais os alunos pudessem vivenciar a experiência de fazer parte de um espaço de troca e orientação no tocante à geração, desenho e desenvolvimento das suas ideias e projetos. O estudo de caso que apresentamos incidiu sobre: levantamento de dados acerca das reais necessidades dos alunos; apresentação de um plano de intervenção face ao perfil dos alunos e às suas necessidades; desenvolvimento do plano de formação e respetiva observação; e análise do grau de satisfação dos participantes. Assumindo que num estudo de caso os resultados são válidos só para o caso que se estuda, destacamos desde já o seu valor e importância para fornecer o conhecimento aprofundado de uma realidade delimitada. Nesta perspetiva, os resultados iniciais sinalizam que a existência de um espaço desta natureza para que os alunos se possam encontrar para explorar, experimentar e partilhar ferramentas e conhecimentos pode ser uma forma inovadora de educação para o empreendedorismo, além de ser também uma estratégia de construção coletiva considerando a diversidade da lusofonia.
  • O Lusoconf é um Encontro Internacional que tem a língua portuguesa como ponto charneira de múltiplas reflexões acerca do mundo lusófono. Este mundo, dentro de um mundo que a pós-modernidade vai desenhando como uma estrutura reticular, é inevitável e intrincadamente complexo com locais/momentos de turbulência e outros de silêncio. “O silêncio é que fabrica as janelas por onde o mundo se transparenta” – escreveu Mia Couto. Não noa atrevemos a contradizê-lo. Porém, temos de reconhecer a necessidade de uso da palavra e da sua partilha. A necessidade desse mergulho numa outra transparência que é a das palavras. Os textos que se reúnem neste volume constituem uma partilha do nosso saber acerca da língua portuguesa e acerca de múltiplos problemas que se levantam no âmbito das relações lusófonas. Os desafios colocados aos países de língua oficial portuguesa são grandes. A mobilidade de pessoas e particularmente de estudantes é um dos que têm relevância para as instituições de Ensino Superior. Na verdade, a relação entre estes povos tem de ser considerada na sua multiplicidade e, se queremos construir-nos como uma verdadeira comunidade de povos, temos de valorizar a língua portuguesa como um ativo comum e temos, igualmente, de reconhecer a necessidade de erguer outras pontes para além da identidade linguística (em muitos casos bem pouco firme e firmada). E, já agora, convém clarificar que a questão das relações lusófonas não se restringe aos países da CPLP, na medida em que há, em todos os continentes, comunidades de falantes de língua portuguesa, para as quais é necessário consertar um conjunto de ações, sempre inócuas se faltar o investimento no ensino do Português e uma sustentada estratégia de valorização da língua. Este é um desafio, tal como o é, por exemplo, a educação para o desenvolvimento sustentável. Estes são alguns dos tópicos que se desenvolvem ao longo destes textos. Os desafios são grandes e pode-nos parecer que a seara é sáfara. Importa, porém, ter a força, o engenho e a arte, para transformar dificuldades em oportunidade e para encarar a dissensão como oportunidade de diálogo e de conhecimento, de entendimento e de compromisso. O caminho para a multiculturalidade, responsável, livre, plena e eticamente assumida, é um dos nossos maiores desafios cuja concretização depende da proatividade de todos nós. Apesar das diversas e seguramente justas motivações, há um desígnio comum a unir-nos neste Encontro: o de lutarmos por um mundo de igualdade de oportunidades para que nenhum ser humano sinta culpa do nascer. Não podemos ser indiferentes aos sinais de alastramento de ideologias extremistas que fazem renascer movimentos nazis ou de extrema-esquerda. Estes são movimentos que vão muito para além da questão política – a qual não pode ser menosprezada – por serem fenómenos sociais e culturais de grande amplitude. Nós, que apaixonadamente procuramos o conhecimento e a compreensão do outro que é diferente, temos de ser forças de promoção da vivência democrática e de defesa de um verdadeiro humanismo universalista. Nesta linha, o Lusoconf tem, evidentemente, as suas especificidades. Em primeiro lugar, porque reúne várias áreas de investigação entre as quais o diálogo é tão raro (num mundo onde se supervalorizam as especializações). A leitura dos trabalhos aqui reunidos é prova deste encontro. A especificidade do Lusoconf passa também pelo conseguir trazer até nós representantes institucionais de outros países lusófonos, fortalecendo laços e reavivando a vontade de fazermos mais e melhor. O Lusoconf é ainda singular porque a sua organização, além de envolver as cinco escolas do IPB, é feita em colaboração com a Câmara Municipal de Bragança. Esta é uma parceria que queremos sustentar e ver crescer. Em Traço de União, Miguel Troga escreveu que “O universal é o local sem paredes”. É assim que apresentamos o Lusoconf. E, por falarmos em poetas, recordamos um excerto de um poema do escritor angolano João Melo que, em “Crónica verdadeira da língua portuguesa”, a apresenta assim: suave e discreta, debruçada sobre a varanda do tempo, o olhar estendendo-se com o mar e a memória, deliciando-se comovida com o sol despudorado ardendo nas vogais abertas da língua, violentando com doçura os surdos limites das consoantes e ampliando-os para lá da História. Não sabemos o que nos oferecerá a História. Afinal, os humanos nunca foram bons a prever o futuro. Parafraseando as palavras que o Sr. diretor da ESE escreveu para a página do Encontro, esperamos que o LUSOCONF possa prosseguir a aventura do conhecimento, compreendendo a diferença e a semelhança de ser-se humano, neste mundo que é de todos. A finalizar esta breve nota de apresentação, a Comissão Organizadora agradece a todos os que tornaram possível o LUSOCONF2019 e, em particular, aos conferencistas convidados e a todos os investigadores que nele participaram.

publication date

  • 2021