Ensino remoto emergencial e os desafios enfrentados por alunos surdos em pandemia
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Devido a emergência na saúde pública iniciada no ano de 2020 por causa da COVID- 19, foram tomadas iniciativas de distanciamento social que impactaram na comunidade educativa em todo o mundo. Com essa mudança abrupta no comportamento em sociedade, as escolas tiveram que adaptar o ensino presencial buscando novas estratégias de ensino, optando pelas aulas virtuais, transformando o ensino presencial em ensino remoto emergencial como solução imediata. Neste novo cenário educacional tanto alunos quanto professores precisaram se reinventar em resposta à crise de saúde pública. Mas, e se aliarmos às dificuldades de um contexto pandêmico às necessidades educacionais especiais de pessoas com deficiência? Surge, assim, a pergunta problema: Como o ensino remoto emergencial pode impactar no processo de ensino e aprendizagem de alunos com deficiência, e mais concretamente de alunos surdos? Este artigo busca refletir sobre os desafios enfrentados por alunos surdos em meio ao ensino remoto emergencial, analisando sua efetividade quando comparado ao ensino a distância. Nesse sentido, buscou-se retratar a realidade da educação inclusiva dessa comunidade de alunos em ambientes virtuais de aprendizagem e então propor soluções e ideias para superar os desafios enfrentados. Os resultados apontaram que os alunos surdos tiveram o impacto provocado pela pandemia potencializado devido às suas necessidades educativas específicas. Contudo, identificou-se que quanto mais interação houver, mais há melhora no aprendizado. Com a atuação conjunta entre professores e intérpretes de língua de sinais, ou língua gestual, aliado a um planejamento pedagógico específico para o contexto bilíngue que busca envolver os alunos utilizando os mais variados recursos didáticos digitais (gamificação, Google Classroom, Moodle, chats, webinars) consegue-se uma contribuição significativa para o melhoramento do ensino remoto emergencial, promovendo a aprendizagem e, consequentemente, o desenvolvimento de competências nos alunos.
Devido à pandemia da COVID-19 as escolas tiveram que adaptar o ensino presencial buscando novas estratégias de ensino, optando pelas aulas virtuais. Este artigo busca refletir sobre os desafios enfrentados por alunos surdos no ensino remoto emergencial, analisando sua efetividade quando comparado ao ensino a distância. Nesse sentido, pretendeu-se retratar a realidade da educação inclusiva dessa comunidade de alunos em ambientes virtuais de aprendizagem e propor soluções e ideias para superar os desafios enfrentados. Os resultados evidenciam que os alunos surdos tiveram o impacto provocado pela pandemia potencializado devido às suas necessidades educativas específicas. Contudo, identificou-se que quanto mais interação houver, mais há melhora no aprendizado. Com a atuação conjunta entre professores e intérpretes de língua de sinais, aliado a um planejamento pedagógico específico para o contexto bilíngue que busca envolver os alunos utilizando variados recursos didáticos, consegue-se uma contribuição significativa para o melhoramento do ensino remoto emergencial.
Due to the pandemic of COVID-19 schools had to adapt face-to-face teaching seeking
new teaching strategies, opting for virtual classes. This article seeks to reflect on the
challenges faced by deaf students in remote emergency education, analyzing its
effectiveness when compared to distance learning. In this sense, the objective was to
expose the reality of inclusive education of this community of students in virtual
learning environments and propose solutions and ideas to overcome the challenges
faced. The results indicate that deaf students had the impact caused by the pandemic
potentiated due to their specific educational needs. However, it was identified that the
more interaction there is, the more there is improvement in learning. With the joint
action between teachers and sign language interpreters, combined with a specific
pedagogical planning for the bilingual context that seeks to involve students using
varied teaching resources, a significant contribution to the improvement of remote
emergency education is achieved
Due to the public health emergency that started in 2020 because of COVID-19, social distancing initiatives were taken that impacted the education community around the world. With this abrupt change in behavior in society, schools had to adapt face-to-face teaching by seeking new teaching strategies, opting for virtual classes, transforming classroom teaching into emergency remote teaching as an immediate solution. In this new educational scenario, both students and teachers needed to reinvent themselves in response to the public health crisis. But what if we combine the difficulties of a pandemic context with the special educational needs of people with disabilities? Thus, the problem question arises: How can emergency remote teaching impact the teaching and learning process of students with disabilities, and more specifically of deaf students? This article seeks to reflect on the challenges faced by deaf students during emergency remote teaching, analyzing its effectiveness when compared to distance learning. In this sense, we sought to portray the reality of inclusive education of this community of students in virtual learning environments and then propose solutions and ideas to overcome the challenges faced. The results showed that deaf students had the impact caused by the pandemic potentiated due to their specific educational needs. However, it was identified that the more interaction there is, the more there is improvement in learning. With the joint action between teachers and sign language interpreters, combined with a specific pedagogical plan for the bilingual context that seeks to involve students using the most varied digital didactic resources (gamification, Google Classroom, Moodle, chats, webinars), it manages to make a significant contribution to the improvement of emergency remote teaching, promoting learning and, consequently, the development of skills in students.