O mundo das artes de expressão portuguesa no Festival de Cinema de Avanca Conference Paper uri icon

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  • O cinema como sétima arte sempre se assumiu como um espaço e tempo de encontro(s), baseado na ideia de que a imagem em movimento era entendida como uma linguagem comum, o que alguns autores designam como esperanto visual (e.g. Brant, 1984; Shochat & Stam, 1985; Johnston, 2007). Assim parece ter sido construído em 1997 o Festival de Cinema de Avanca, com o nome “Encontros Internacionais”. Enquanto agregador de filmes e pessoas, nos seus 25 festivais, o Avanca viajou por todo um mundo diverso, nomeadamente o de todas as artes e o da expressão portuguesa. Por estas viagens, o Avanca iniciou o desenho de uma trajetória de coprodução de filmes, onde os falantes de português dos quatro continentes se muniam de um passado comum e de uma abrangência artística que o cinema parece ter sabido expandir. São exemplo desta convergência os filmes: “Sobre sonhos e liberdade” (Francisco Colombo e Marcia Paraíso, 2020); “Pretu Funguli” (Costa Valente e Monica Musoni, 2019); “Sonhos” (Joaquim Pavão, 2020) e “Por detrás da moeda” (Luís Moya, 2020). Com base numa breve caracterização destes filmes, temos por objetivo refletir sobre a unidade, diversidade e identidade das nossas línguas, histórias e culturas que o cinema e as outras artes permitiram congregar no espaço-tempo de Avanca, representado como epicentro de encontros multiculturais e multi artes.

publication date

  • January 1, 2021