Gestão da vegetação em olivais de sequeiro com pastoreio
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Na Quinta de Santa Apolónia em Bragança decorre um ensaio onde se tenta avaliar se um coberto vegetal pode ser gerido com pastoreio num olival da cultivar Cobrançosa mantido em sequeiro e gerido em copas altas. O coberto é uma pastagem de vegetação espontânea. Os tratamentos alternativos, incluídos no delineamento experimental, são a mobilização tradicional (uma a duas passagens de escarificador por ano) e a aplicação de um herbicida não seletivo pós-emergência sistémico. Numa fase inicial do projeto, entre 2001 e 2010, o talhão mantido com pastoreio originou quebras de produção, sobretudo em comparação com o talhão gerido com o herbicida, tendo o resultado sido atribuído à falta de capacidade do rebanho em controlar de forma eficaz a vegetação no fim da primavera, permitindo excessiva competição com as árvores. Entre 2011 e 2018 aumentou ligeiramente a carga animal na primavera. Ainda que o talhão gerido com herbicida mantenha valores médios de produção ligeiramente mais elevados, as diferenças entre tratamentos na produção acumulada não tiveram significado estatístico. Estes resultados sugerem que o coberto vegetal em olivais tradicionais de sequeiro pode ser gerido com pastoreio, aproveitando a vegetação para a alimentação animal, desde que se aumentam as cargas de gado durante a primavera.
Parceria 343, Iniciativa 278, Novas práticas em olivais de sequeiro: estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas.