Adubação com azoto, fósforo, potássio e boro numa pastagem natural (lameiro) em Trás-os-Montes: produção e composição elementar da matéria seca
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Desde a Primavera de 2013, uma pastagem natural (lameiro) tem vindo a ser submetida a aplicação anual (2013, 2014, 2015) de azoto (80 kg N ha-1, na forma de nitrato de amónio), fósforo (150 kg P2O5 ha-1, na forma de superfosfato 18%), potássio (100 kg K2O ha-1 na forma de cloreto de potássio) e boro (3 kg B ha-1, na forma de tetraborato de sódio). A experiência contempla ainda uma modalidade testemunha e três repetições por tratamento. O ensaio está instalado na Qta. de Sta. Apolónia em Bragança. A produção de biomassa é avaliada duas vezes ao ano, no início da Primavera (produção de pasto de outono/inverno) e no fim da Primavera (produção de feno de primavera). São utilizadas caixas de exclusão e uma quadrícula de 50x50 cm para delimitar a área correspondente a cada amostra colhida. As amostras de biomassa são secas em estufa de ventilação forçada, regulada a 70 °C, moídas e analisadas para a composição elementar. Nas cinco colheitas entretanto efetuadas, a modalidade fertilizada com azoto produziu 25,5 t matéria seca (MS) ha-1, valor significativamente superior ao dos restantes tratamentos, cujos valores se situaram próximos de 20 t MS ha-1. Nenhum outro tratamento fertilizante exerceu efeito significativo na produção de MS relativamente à testemunha. O azoto (ou proteína) contido na biomassa colhida foi significativamente superior na modalidade de fertilização azotada em comparação com as restantes, devido à maior produção de biomassa e mais elevada concentração de azoto nos tecidos. Também foi exportado mais fósforo, potássio ou boro respetivamente nas modalidades fertilizadas com estes elementos relativamente às restantes modalidades com exceção da modalidade fertilizada com azoto. Nesta última, a maior exportação de P, K ou B deveu-se à maior produção de biomassa enquanto nas modalidades fertilizadas com P, K ou B se deveu à maior concentração dos nutrientes nos tecidos. Nas condições desta experiência apenas a fertilização azotada aumentou a produção e o teor de proteína na MS. Num futuro próximo pretende avaliar-se a alteração da composição florística da pastagem e o valor bromatológico da forragem.