Valorização de cogumelos silvestres como alimentos funcionais: estudos de química computacional
Conference Paper
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abstract
As interacções intermoleculares desempenham um papel essencial nos diversos processos biológicos, sendo fundamental a compreensão destas interacções nos Sectores das Indústrias Farmacêuticas e de Alimentos Funcionais. Os cogumelos representam uma fonte ilimitada de compostos com propriedades antitumorais e imunoestimulantes, e o seu consumo foi já relacionado com a redução do risco de cancro da mama. No presente trabalho, foram desenvolvidos dois estudos in silico com o intuito de compreender algumas das interacções moleculares presentes em cogumelos e responsáveis pela sua bioactividade.
A técnica dos Mínimos Quadrados Parciais foi utilizada para avaliar a relação entre o potencial antioxidante (efeitos bloqueadores de radicais livres e poder redutor) e a composição química de vinte e três amostras de dezassete espécies de cogumelos silvestres Portugueses. Estudaram-se vários parâmetros analíticos tais como cinzas, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, ácidos gordos monoinsaturados, ácidos gordos polinsaturados, ácidos gordos saturados, fenóis, flavonóides, ácido ascórbico e β-caroteno, e os seus resultados foram analisados pela técnica anteriormente mencionada de forma a estabelecer correlações entre todos os parâmetros. A actividade antioxidante mostrou estar correlacionada com o teor em fenóis e flavonóides. Foi construído um modelo QCAR (Relações Quantitativas Composição – Actividade), cuja robustez e previsibilidade foram verificadas por métodos de validação cruzada internos e externos. Finalmente, este modelo provou ser uma ferramenta útil na previsão do poder redutor de cogumelos.