expressão "Algures... no céu... bem longe da terra", com a qual se inicia este conto, transporta a criança desde o mundo terreno para um mundo imaginado, onde descobre discursos mágicos. As palavras e as imagens dão cor e vida a dois mundos antagónicos, mas que precisam um do outro para sobreviverem. Os meninos brancos que abandonam o seu mundo, aterrorizados por uma figura arrogante, antipática, gélida, grande e molhada, chegam à terra para dar vida, alegria e cor a outros seres. O percurso que realizam de cima para baixo e, depois, de baixo para cima, dá-nos a explicação metafórica sobre o ciclo da água. O leitor experimenta a sensação do final feliz e o suspense de um novo ciclo.