Caracterização físico-química de dez variedades de amêndoa (Prunus dulcis) Conference Paper uri icon

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  • A amendoeira (Prunus dulcis (Miller) Webb) é uma cultura com longa tradição em Portugal, estando bem representada na região de Trás-os-Montes. Nos últimos anos tem-se assistido a um aumento do número de pomares em que dão preferência às cultivares estrangeiras em detrimento das nacionais. Nesse sentido, o presente trabalho visou caracterizar físico-quimicamente dez variedades com diferentes origens colhidas na região de Trás-os-Montes, nomeadamente Francesas (Ferraduel, Ferragnès e Lauranne), Espanholas (Constantí, Guara, Marinada, Masbovera e Vayro) e Portuguesas (Duro Italiano e Pegarinhos), das quais se caracterizaram os frutos no que respeita à massa individual do fruto e do miolo, dimensões, número de frutos por kg, dureza da casca (qualitativa), e teores de humidade, proteína, gordura e cinzas. Adicionalmente, foi ainda determinada a estabilidade oxidativa do fruto, avaliada pelo método Rancimat. Sob o ponto de vista físico verificou-se que a variedade Duro Italiano foi aquela que apresentou os frutos com menor massa (2,59 ± 1,08 g) e dimensões (largura = 18,68 ± 2,09 mm; comprimento = 30,68 ± 2,90 mm). Pelo contrário, a Ferraduel (6,15 ± 1,23 g), Marinada (5,73 ± 1,24 g) e Pegarinhos (5,89 ± 1,08 g) foram as que apresentaram maiores frutos. Em relação à composição nutricional, verificou-se uma grande variação nos teores de humidade (3,80 ± 0,27 a 30,59 ± 0,29 g/100g matéria fresca (m.f.), correspondente à Vayro e Ferraduel, respetivamente), provavelmente devido a diferentes períodos de colheita e tempos de secagem. Não foram observadas diferenças significativas entre as variedades analisadas no que se refere ao teor de gordura, variando entre 43,98 e 55,98 g/100 g m.f., com a exceção da Ferraduel (38,27 ± 2,10 g/100 g m.f.), possivelmente resultado da colheita precoce desta variedade. Os valores da proteína e cinzas variaram entre 12,03-17,64 e 2,34-3,51 g/100g m.f., respetivamente. No que diz respeito à estabilidade oxidativa do fruto não se observaram diferenças significativas no tempo de indução, variando entre 13,57 (Marinada) e 19,81 (Constantí) horas. Como conclusão geral, constata-se que as variedades analisadas (estrangeiras e portuguesas) não se distinguiram de forma evidente entre si, sendo, contudo, necessário completar esta informação com a determinação de outros parâmetros.
  • A amendoeira Prunus dulcis é uma cultura com longa tradição em Portugal, estando bem representada na região de Trás os Montes. Nos últimos anos tem se assistido a um aumento do número de pomares em que dão preferência às cultivares estrangeiras em detrimento das nacionais Nesse sentido, o presente trabalho visou caracterizar físico-quimicamente dez variedades com diferentes origens, colhidas na região de Trás os Montes, nomeadamente Francesas (Ferraduel, Ferragèns e Lauranne), Espanholas (Constantí Guara, Marinada, Masbovera e Vayro) e Portuguesas (Duro Italiano e Pegarinhos), das quais se caracterizaram os frutos no que respeita à massa individual do fruto e do miolo, dimensões, número de frutos por kg, dureza da casca ( qualitativa) e teores de humidade, proteína, gordura e cinzas. Adicionalmente, foi ainda determinada a estabilidade oxidativa do fruto, avaliada pelo método Rancimat.

publication date

  • January 1, 2019