Autoperceção de competência e componente lúdico-motora em experiências de ensino aprendizagem em contexto pré-escolar
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resumo
Este estudo tem como objetivos analisar experiências de ensino aprendizagem promovidas em contexto pré-escolar, com forte componente lúdico-motora e comparar a autoperceção das crianças com o seu desempenho na execução das habilidades motoras. Participaram 21 crianças, 61,9% de raparigas e 38,1% rapazes, de 4 e 5 anos de idade. A recolha de dados decorreu através de notas de campo e da aplicação da Escala Pictográfica de Perceção de Competência e Aceitação Social para Crianças (Mata et al. 2008). Verificou-se que 81,2% das raparigas e 75,8 % dos rapazes realizaram as diversas habilidades, e que apenas 23% das crianças conseguiram executar todas as habilidades motoras. Os valores médios de autoperceção relativos à competência física foram de 2,01±0,43 nos rapazes e nas raparigas de 2,00±0,32. Conclui-se que as experiências de ensino aprendizagem, com forte componente lúdico-motora, podem favorecer o desenvolvimento motor das crianças e adequar a sua perceção de competência física.
O desenvolvimento humano, tem vindo a ser amplamente estudado por diferentes autores (Piaget, 1999; Bruner, 2011, entre outros), indicando etapas de desenvolvimento entendidas como flexíveis, pois, cada criança apresenta um ritmo próprio de crescimento. No que diz respeito ao desenvolvimento motor, Barreiros e Neto (2017), referem tratar-se de um conjunto de processos fundamentais que se prolongam durante toda a vida, com enfâse na infância e na adolescência, no qual referem que as experiências anteriores irão influenciar, positiva ou negativamente, as seguintes. Considerando Piffero (2007), a competência motora é o sentimento que a pessoa possui acerca da capacidade que tem para realizar determinada tarefa.
A investigação parte das seguintes questões de pesquisa: (1) Que oportunidades de atividade motora proporcionar a crianças, em contexto educativo (jardim de infância), no quadro de uma formação holística?; (2) Será que as crianças que se auto percecionam mais competentes fisicamente são também aquelas que apresentam melhores níveis de performance física?
Foram objetivos deste estudo: (1) Caracterizar experiências de ensino aprendizagem implementadas na educação pré-escolar, com forte componente lúdico-motora; (2) Caraterizar os valores de autoperceção e o desempenho das crianças na execução das habilidades motoras.
Participaram neste estudo 22 crianças, 14 raparigas (4,75±0,46 de idade) e 8 rapazes (4,92±0,28 de idade) que frequentavam um jardim de infância público da cidade de Bragança.
Foi aplicada a Escala Pictográfica de Perceção de Competência e Aceitação Social para Crianças (Mata, Monteiro & Peixoto, 2008). Relativamente às experiências de aprendizagem com forte componente lúdico motora desenvolvidas com as crianças, recorreu-se ao registo de notas de campo.
Através de análise estatística, recorrendo ao programa SPSS, verificou-se que 81,2% das raparigas e 75,8 % dos rapazes realizaram as diversas habilidades. Apenas 23% das crianças conseguiram executar todas as habilidades motoras. Os valores médios de autoperceção relativos à competência física foram de 2,01±0,43 nos rapazes e nas raparigas de 2,00±0,32. Conclui-se que as experiências de ensino aprendizagem, com forte componente lúdico-motora, podem favorecer o desenvolvimento motor das crianças e auxiliar a definir a autopercepção de competência física.