DivInA – Diversificação e inovação na produção apícola
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A dinâmica da atividade apícola em Portugal tem-se revelado forte e progressiva nos
últimos anos, surgindo novos apicultores e um crescente número de apiários. Atualmente
este setor está consolidado, em particular na produção de mel. No entanto, esta quase
exclusividade na produção pode provocar uma dependência perigosa da oscilação dos
mercados internacionais, antecipando-se a curto prazo, dificuldades na sustentabilidade
das explorações apícolas. É por isso necessário estar preparado e adaptado para explorar
todas as potencialidades que a apicultura tem para oferecer, e para o qual o setor apícola
nacional ainda não possui resposta. No interior da colmeia é possível encontrar soluções
para inovar e diversificar a rentabilidade das explorações apícolas, colocando ao dispor
do apicultor um leque de produtos muito diversificado e com enormes potencialidades na
indústria alimentar e farmacêutica, tais como a produção de pólen, própolis, geleia real,
apitoxina, entre outros. A escassez de informação sobre o mercado dos produtos apícolas
que não mel, por parte da grande maioria dos apicultores nacionais limita as
potencialidades das suas próprias explorações. O projeto DivInA resulta de um consórcio
estabelecido entre o Instituto Politécnico de Bragança, a Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, a Federação
Nacional dos Apicultores de Portugal, o Agrupamento de Produtores de Mel do Parque, a
AALBA - Cooperativa de Produtores de Mel e duas empresas em nome individual, João
Guilherme Neto e José António Vicente e é financiado pelo PDR2020 através da medida
1.0.1- Grupos Operacionais. Este projeto visa diversificar a produtividade da atividade
apícola com vista ao aumento da sua rentabilidade e garantia de sustentabilidade,
explorando outros produtos que diminuam a dependência dos apicultores na produção de
mel, focando-se em particular na produção de apitoxina, pão-de-abelha, pólen e própolis,
produtos com elevado potencial no mercado, em particular no mercado internacional. Esta
diversificação passará por desenvolver tecnologicamente procedimentos de produção
adaptando as metodologias aplicadas noutros países às caraterísticas da apicultura
Portuguesa, nomeadamente, ao nível das ferramentas aplicadas, especificidades
produtivas da abelha nativa, Apis mellífera iberiensis, características da flora envolvente
e das condições climáticas, as quais oscilam significativamente em Portugal, dependendo
da região. Para além da apropriação da informação por parte dos apicultores, deste
trabalho resultará um conjunto de ferramentas e utensílios, bem como recomendações
das condições técnicas mais adequadas para a maximização destas produções, sempre
com a garantia da qualidade dos produtos finais.
Promovido pelo PDR2020, cofinanciado e FEADER no âmbito do Portugal
2020.