Bioactividade de frutos de espécies silvestres usados como anti-inflamatórios de uso tópico. Conference Paper uri icon

abstract

  • A fricção da pele até obter calor ou rubefacção para alívio da dor e sintomas associados está profundamente enraizada na medicina popular. Desde tempos longínquos diferentes, partes de plantas, preparadas sob a forma de exsudado, óleo, extracto, tintura, ou outros, são aplicadas quando há sintomatologia de doenças que afectam articulações, músculos e esqueleto, como por exemplo o reumatismo. Várias espécies da flora da Península Ibérica foram/são usadas para este fim como se documenta em inventários etnobotânicos realizados em Portugal e Espanha. Com base nesses trabalhos, estudaram-se frutos de três espécies relevantes, Bryonia dioica Jacq. (norça), Lonicera periclymenum L. (madressilva) e Tamus communis L. (budanha), com o objectivo de caracterizar a sua composição fitoquímica nomeadamente, em compostos bioactivos com potenciais utilizações em aplicações farmacêuticas. A caracterização fitoquímica foi feita recorrendo a técnicas de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) acoplada a detectores de fluorescência ou de índice de refracção (RI), cromatografia gasosa acoplada a um detector de ionização de chama (GC-FID) e a técnicas espectrofotométricas. Quantificaram-se fenóis incluindo flavonóides, vitaminas (tocoferóis e ácido ascórbico), carotenóides (β-caroteno e licopeno), clorofilas, monossacáridos, oligossacáridos e ácidos gordos. As propriedades antioxidantes foram avaliadas por métodos bioquímicos (inibição da descoloração do β-caroteno na presença de radicais livres derivados do ácido linoleico e inibição da formação de espécies reactivas do ácido tiobarbitúrico (TBARS) em homogeneizados cerebrais) e métodos químicos (determinação do poder redutor e da actividade captadora de radicais 2,2- difenil-1-picril-hidrazilo (DPPH)).

publication date

  • January 1, 2011