Produção de forragem no período de Inverno em sistemas hidropónicos simplificados: uma primeira aproximação
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A pecuária extensiva enfrenta, em Portugal, dois períodos de penúria alimentar:
o pleno Inverno e o Verão. A produção de forragem em hidroponia é uma alternativa
interessante aos fenos e outras forragens conservadas (FAO, 2001). O cultivo de forragem
hidropónica é recomendado para regiões secas (pelo seu baixo consumo em
água), e para regiões muito frias ou de solos de inférteis.
Nos meses de Janeiro a Março de 2015, num período de 40 dias, realizou-se uma
primeira experiência de cultivo de forragens em hidroponia e em estufa. Testaram-
-se, numa experiência fatorial, com 3 repetições, 3 espécies forrageiras (cultivares
regionais de aveia, trigo e cevada) e três níveis de fertilização (testemunha, NPK +
micronutrientes e NPK). Cada unidade experimental era constituída por um tabuleiro
de 0,24 m2, com 360g de palha seca ao ar (com cerca de 3 cm de altura), semeado
com 1,5 kg de semente m-². A palha foi mantida húmida com duas soluções nutritivas
de referência:
• NPK+Micro (mg L-1): N=190,6; P=34,0; K=233,3; Ca=17,1; Mg=8,5; + S=0,068;
B=0,085; Zn=0,021; Mo=0,021; Fe=0,085; Cu= 0,045.
• NPK(mg L-1): N=190,6; P=34,0; K=233,3; Ca=73,24.
A biomassa total (biomassa verde mais grão e palha) foi avaliada por destruição
total aos 19, 26, 33 e 40 dias após a sementeira. Não foram obtidas diferenças significativas
entre os diversos tratamentos em todas as datas de quantificação da biomassa.
Aparentemente, a escassez de nutrientes é sensível aos 40 dias. O valor máximo de
biomassa total obtido foi de 2,5 kg de MS/m-2. A vantagem maior deste sistema está
na qualidade nutritiva da forragem, um tema ainda em estudo.