Incidência de carcinoma do colo do útero na europa: tendências temporais
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abstract
O cancro do colo uterino (CCU) afeta gravemente a saúde da mulher, compromete a fertilidade,
diminui a qualidade de vida e é causa de mortalidade. A detecção de tendências desfavoráveis ao longo
do tempo e a comparação entre áreas geográficas pode ajudar na avaliação de estratégias preventivas.
Objectivo: Avaliar tendências temporais e diferenças entre norte e sul da Europa para incidência de CCU.
Material e Métodos: A partir do Internacional Agency for Research on Cancer (IARC) obtiveram-se casos
de CCU registados entre 1998 e 2012 e a população feminina por faixa etária em países do sul (Espanha,
Itália e Portugal) e do norte (Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Noruega, Reino Unido e Suécia) da Europa.
Para avaliar variações estatisticamente significativas nas tendências temporais recorreu-se ao teste
Cochran-Armitage para a tendência considerando o nível de significância a 0,05. Resultados: Em 2012,
a incidência de CCU variou entre países de 0,3 a 1,4/100.000 mulheres com idade entre 15 e 39 anos,
de 9,6 a 25,7/100.000 mulheres com idade entre 40 e 54 anos, de 51,3 a 99,8/100.000 mulheres com
idade entre 55 e 64 anos, de 62,9 a 104,9/100.000 mulheres com idade entre 65 e 74 anos e de 51,9 a
101,4/100.000 mulheres com 75 ou mais anos. Entre 1998 e 2012 verificaram-se aumentos significativos
da incidência de CCU em Itália (qui-quadrado=26,66; p<0,001), para mulheres entre 40 e 54 anos, na
Espanha (qui-quadrado=1484,43; p<0,001) e Suécia (qui-quadrado=17,33; p<0,001) para mulheres entre
55 e 64 anos, em Portugal (qui-quadrado=71,34; p<0,001) para mulheres entre 65 e 74 anos e em todos
os países, excepto Itália e Espanha, a incidência de CCU duplicou em mulheres com 75 ou mais anos.
Conclusão: Foram observadas diferenças no padrão de variação da incidência de CCU entre regiões
geográficas com aumentos que merecem particular atenção, em mulheres com idade inferior a 75 anos
de países do sul da Europa, nomeadamente Portugal.
O cancro do colo uterino (CCU) afeta gravemente a saúde da mulher, compromete a fertilidade,
diminui a qualidade de vida e é causa de mortalidade. A detecção de tendências desfavoráveis ao longo
do tempo e a comparação entre áreas geográficas pode ajudar na avaliação de estratégias preventivas.
Objectivo: Avaliar tendências temporais e diferenças entre norte e sul da Europa para incidência de CCU.
Material e Métodos: A partir do Internacional Agency for Research on Cancer (IARC) obtiveram-se casos
de CCU registados entre 1998 e 2012 e a população feminina por faixa etária em países do sul (Espanha,
Itália e Portugal) e do norte (Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Noruega, Reino Unido e Suécia) da Europa.
Para avaliar variações estatisticamente significativas nas tendências temporais recorreu-se ao teste
Cochran-Armitage para a tendência considerando o nível de significância a 0,05. Resultados: Em 2012,
a incidência de CCU variou entre países de 0,3 a 1,4/100.000 mulheres com idade entre 15 e 39 anos,
de 9,6 a 25,7/100.000 mulheres com idade entre 40 e 54 anos, de 51,3 a 99,8/100.000 mulheres com
idade entre 55 e 64 anos, de 62,9 a 104,9/100.000 mulheres com idade entre 65 e 74 anos e de 51,9 a
101,4/100.000 mulheres com 75 ou mais anos. Entre 1998 e 2012 verificaram-se aumentos significativos
da incidência de CCU em Itália (qui-quadrado=26,66; p<0,001), para mulheres entre 40 e 54 anos, na
Espanha (qui-quadrado=1484,43; p<0,001) e Suécia (qui-quadrado=17,33; p<0,001) para mulheres entre
55 e 64 anos, em Portugal (qui-quadrado=71,34; p<0,001) para mulheres entre 65 e 74 anos e em todos
os países, excepto Itália e Espanha, a incidência de CCU duplicou em mulheres com 75 ou mais anos.
Conclusão: Foram observadas diferenças no padrão de variação da incidência de CCU entre regiões
geográficas com aumentos que merecem particular atenção, em mulheres com idade inferior a 75 anos
de países do sul da Europa, nomeadamente Portugal.