Variação estacional dos teores de compostos fenólicos totais em esteva e giesta-das-vassouras Conference Paper uri icon

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  • A esteva (Cistus ladanifer) e a giesta-das-vassouras (Cytisus scoparius) são espécies comuns em Trás-os-Montes, estando presentes em áreas visitadas por ungulados silvestres e domésticos. Tendo por base a deteção de plantas consumidas de forma diferenciada ao longo do ano, pretendeu-se aumentar o conhecimento sobre o comportamento alimentar dos ungulados silvestres e sobre o ciclo fisiológico estacional destas plantas. Para esse efeito, estudou-se a influência das estações nos teores de compostos fenólicos totais (CFT). O material de estudo correspondeu à parte aérea foliar de giesta e de esteva, nomeadamente a parte terminal dos ramos do ano, tendo sido colhido na proximidade das aldeias de Aveleda e Varge (Parque Natural de Montesinho, Bragança), em áreas com mato misto e azinheiras dispersas. A recolha de amostras ocorreu entre março de 2021 e março 2022 e seguidamente colocadas em estufa ventilada, a uma temperatura entre 60-65ºC, durante 48h. Para a determinação dos compostos fenólicos totais, as amostras foram moídas e feita uma extração com água desionizada considerando 0,5g de cada amostra e adicionados 25mL de água desionizada. Agitou-se em placa de agitação magnética a 36⁰C, durante 7,5min a 650rpm (Faria et al., 2021). Já para os mensurar foi utilizado o método de Folin-Ciocalteu (Singleton & Rossi, 1965). Os dados obtidos (3 réplicas) foram analisados pela Análise de Variâncias (ANOVA) de dois fatores, seguido pelo post-hoc de Tukey, e os resultados foram considerados significantes quando p<0,05. A ANOVA mostrou que há efeito significativo da estação do ano e interação entre estação e espécie sobre os teores em CFT. Na esteva, o maior teor de compostos fenólicos totais se concentrou durante o verão, e o menor durante o outono. Já com a giesta, o maior teor de CFT foi encontrado durante o inverno e o menor durante a primavera.

publication date

  • January 1, 2022