A arte e a escrita: “um salto para a água fria”: Uma experiência de aprendizagem integrada através de diferentes linguagens no 1.º Ciclo do Ensino Básico
Artigo de Conferência
Visão geral
Visão geral
resumo
Procuraremos, neste Poster, apresentar um projecto de investigação-acção intitulado A arte
e a escrita: “um salto para a água fria”: Uma experiência de aprendizagem integrada
através de diferentes linguagens no 1.º Ciclo do Ensino Básico, que se desenvolveu
durante o ano lectivo 2005/2006 por três formandos de 1.º Ciclo do Ensino Básico, duas
professoras do 1º Ciclo e uma professora da ESEB. Trata-se de um projecto que decorreu
em dois contextos distintos: meio urbano e meio rural. O trabalho de participação
colaborativa procurou questionar a forma como se poderá promover a competência meta
linguística com crianças pequenas (em contextos distintos)? No sentido de dar resposta(s) à
problemática em estudo foram pensadas e implementadas diferentes estratégias de
ensino/aprendizagem. O trabalho desenvolvido pretendia promover a competência meta
linguística das crianças envolvidas; contribuir para o desenvolvimento de uma consciência
da língua impressa ao criar condições para uma aprendizagem diversificada da leitura e da
escrita; desenvolver o sentido estético-crítico em crianças com diferentes níveis de
aprendizagem. A implementação de diferentes técnicas de escrita foi o primeiro passo para
o desenvolvimento da pesquisa-acção. No sentido de ir questionando o trabalho que se ia
desenvolvendo, os grupos reuniam semanalmente procurando analisar os dados que
emergiam das observações espontâneas ou intencionais; os registos gráficos e escritos das
crianças; as reflexões realizadas pelas professoras intervenientes; os registos fotográficos e
vídeos. Este projecto permitiu-nos reflectir sobre a forma como é pensada a escrita nas
salas de aula e sobre a importância de desenvolver oportunidades que promovam o
desenvolvimento e a construção da criatividade da criança. Ao entendermos a criatividade
como um processo em que a acção produtiva dá origem a algo diferente e original,
julgamos ter conseguido que cada uma das crianças envolvidas (re)construísse o seu
espírito crítico e o sentido estético e desenvolvesse competências de retórica através do
diálogo semiótico icónico-verbal. Ocorrência esta, que pensamos ter-se verificado, sem
diferenças notórias, na aprendizagem por parte das crianças de ambos os contextos,
excepcionando o facto das crianças do meio rural terem vivido esta experiência com maior
intensidade. A evolução das crianças ao nível da expressão oral e escrita foi evidente. Cada
criança se atreveu na sua auto-descoberta e (re)construção, contribuindo, por isso, para o
seu amadurecimento autónomo e crítico face à criação de um texto como uma peça de arte.