Avaliação da atividade antioxidante do mel de rosmaninho português
Conference Paper
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Este estudo foi financiado no âmbito do Programa Nacional Apicola Português 2014-2016 PAN, numa colaboração com
a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal.
O mel de Rosmaninho é um dos méis monoflorais mais comuns em Portugal, devido à
ampla dispersão espontânea de diferentes espécies do género Lavandula: L.
pedunculata, a mais abundante, L. stoechas com as subespécies stoechas e luisieri e
ainda, de uma forma localizada, a L. viridis. O mel, á semelhança de muitos outros
produtos pode apresentar uma grande variedade de compostos com atividade
terapêutica, nomeadamente ácidos fenólicos e flavonóides, os quais dependem da
origem floral, bem como de fatores sazonais e ambientais. Estes compostos são uma
fonte de antioxidantes o que permite considerar o mel um alimento nutracêutico mas
também potência o seu uso a nível medicinal dada a sua atividade antimicrobiana.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a bioatividade do mel de rosmaninho proveniente
de sete áreas geográficas diferentes de Portugal através da quantificação do teor em
fenóis totais, pela avaliação da capacidade bloqueadora de radicais e pelo seu poder
redutor. O teor em fenóis totais foi identificado pelo método de Folin Ciocalteu
apresentando as amostras de mel valores que oscilam entre o mínimo de 0,28 e, um
máximo de 0,69 mgGAEkg . A capacidade dos antioxidantes presentes na amostras
sequestrar radicais livres foi avaliada através do efeito bloqueador dos radicais de
DPPH (2, 2-difenil-l-pirrilhidrazilo). Os valores observados, apresentados como ECso,
oscilaram entre 30 e 150mgmL'1. Para avaliar a presença de agentes redutores
utiljzou-se o método da redução do complexo Fe3+ ferrocianeto à sua forma ferrosa,
Fe2+, observando-se valores que oscilaram entre 0,05 e 0,09g/100g de mel. De um
modo geral verifica-se que o néctar de rosmaninho, quando comparado com méis de
outras origens florais, não apresenta teores de compostos fenólicos muito elevados,
diminuindo o teor com o aumento da percentagem de rosmaninho identificada por
melissopalinologia. Consequentemente, a atividade antioxidante é mais reduzida
nestes méis.