Turismo inteligente e acessibilidade sensorial
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Uma das temáticas mais debatidas tem sido a abordagem turística com um olhar estratégico com vista à aproximação entre o público e o destino ou atração turística em causa. No entanto, a lacuna mantém-se na interação ou preocupação social e cultural face àqueles com deficiência, seja ela intelectual, física ou sensorial. A promoção de uma abordagem inclusiva, na linha do estipulado pela Norma Portuguesa de Turismo Acessível (NP 4523/2014), conduz à necessidade não só de uma adaptação dos serviços e equipamentos já existentes, mas também da promoção de boas práticas para “definir um referencial de qualidade em matéria de atendimento inclusivo e de acessibilidade” (INR, IP). Desta forma, a noção de turismo inteligente acarreta características de um turismo inovador a partir do uso de tecnologias e práticas sustentáveis, no âmbito do qual a acessibilidade desempenha um papel fulcral de inclusão social e cultural (cf SEGITTUR, 2013). A implementação de guias para cegos e pessoas com baixa visão em museus surge como uma das múltiplas possibilidades, complementadas pelos recursos táteis que reproduzam obras bi- e tridimensionais, possibilitando “enxergar” através do toque. Estes são alguns exemplos que aproximam esse público dos destinos turísticos e têm um impacto positivo na sociedade e economia. Partindo desta ótica, o presente trabalho visa fazer um levantamento dos destinos e atrações turísticas encaradas como acessíveis em Portugal e explorar as estratégias utilizadas para criar uma ponte com os grupos muitas vezes invisíveis, particularmente aqueles com deficiência sensorial.