Multiculturalismo e paremiologia: uma relação improvável?: a competência paremiológica no ensino superior Conference Paper uri icon

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  • O Quadro Comum Europeu de Referência para as Línguas considera que a competência fraseológica tem de integrar as competências dos aprendentes de línguas pelo menos no nível C2 (avançado superior). Partindo de um conceito mais lato de fraseologia, podemos considerar a paremiologia como parte deste universo, ou seja, o estudo das estruturas fixas de uma língua materna ou estrangeira tem de incluir as parémias ou provérbios. Enquanto o conceito de literacia informacional é ubíquo nos tempos atuais, este ainda não incluiu discussões relativas às competências fraseológica e paremiológica, particularmente pertinentes no atual mundo que incentiva a multiculturalidade. Numerosos estudos abordam o mínimo paremiológico que os alunos de língua materna e de línguas estrangeiras devem possuir, por exemplo, Mieder (1994) para o inglês, Fiedler (2007) para o alemão ou Díaz Ferrero e Sabio Pinilla (2017, 2018) para o português. O conceito de mínimo levanta questões importantes que pretendemos discutir: o que define o máximo paremiológico; onde se encontra esta lista e como esta foi constituída; ótimo paremiológico em vez de mínimo; as fontes a usar; o nível de competência das novas gerações, entre outras. O nosso objetivo é reportar um estudo de caso realizado com uma amostra de alunos de licenciatura e de mestrado da Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Bragança, Portugal, que se centrou na competência paremiológica na sua língua mãe, i.e. o português, independentemente da variedade. O questionário aplicado inclui os testes propostos por Ďurčo (2004) (i.e. teste de competência, de desempenho, introspetivo, cognitivo e de experiência). Com base nos resultados deste questionário, procederemos à análise dos mesmos, destacando algumas respostas de alunos que não são oriundos de Portugal, e procuraremos refletir não só sobre um possível mínimo/ ótimo paremiológico para a língua portuguesa, mas também sobre o desenvolvimento do nosso trabalho futuro que pretende incluir reflexões similares sobre as línguas estrangeiras lecionadas na ESEB, nomeadamente o alemão, o chinês, o espanhol, o francês e o inglês.

publication date

  • January 1, 2019