Tecnologias no desenvolvimento de perspectivas para o estudo da Matemática
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Com esta reflexão pretendemos partilhar algumas das preocupações sentidas com os resultados, pouco animadores, de muitos alunos, na disciplina de Matemática, tentando motivar a reflexão sobre estratégias que enfatizem perspectivas orientadoras do ensino e da aprendizagem da Matemática, suportadas por tecnologias de informação e comunicação (TIC) e de um modo particular pela Internet, no sentido de contribuir para melhorar o desempenho em Matemática dos alunos que frequentam os diversos níveis de ensino.
Assim, esperamos associar as potencialidades das TIC, entre outros, nos aspectos da apresentação, pesquisa e divulgação de informação a tipos de interacção, perspectivas do estudo da matemática, formas de raciocínio e componentes fundamentais envolvidas no processo de ensino e aprendizagem da Matemática.
Como principais tipos de interacção, nos quais a tecnologia pode ter um papel insubstituível, salientamos, os referidos por Miranda (2005), a interacção aluno-aluno, aluno-professor, professor-professor, aluno-conteúdo, professor-conteúdo e conteúdo-conteúdo.
Estes tipos de interacção são todos relevantes para a aplicação de um ensino de tipo construtivista (não radical) como o definido em Palhares, Gomes e Mamede (2001). A resolução de problemas é neste contexto uma referência de grande importância.
Segundo McMullin (cit. por Veloso, 2001) a «Regra dos Quatro» está rapidamente a tornar-se uma ideia orientadora para a Educação Matemática. A Regra dos Quatro afirma que a matemática deve ser estudada e ensinada a partir de quatro perspectivas: numérica, verbal, geométrica e a analítica. Procuraremos usar esta ideia associada à resolução de problemas, como possíveis estratégias naturais para as crianças. Apresentaremos ainda algumas associações dos diversos modos de raciocínio, entre os quais, o indutivo, o dedutivo, o comparativo e o intuitivo, à resolução de problemas do dia-a-dia.
Salientaremos, ainda, considerações acerca da utilização das TIC, tendo em vista o desenvolvimento das componentes fundamentais da Matemática que Lima (2004), designa por: conceptualização, manipulação e aplicações.
A promoção de competências matemáticas assentes na interacção de cada aluno consigo próprio, com os outros e com o conhecimento matemático é um desafio que pode ser explorado, no contexto de sala de aula, com recurso às tecnologias de informação e comunicação, a partir de perspectivas e formas construtivistas de ensinar e de aprender matemática, no sentido de a tornar atraente e de lhe dar um carácter lúdico, sem no entanto perder o carácter utilitário que ao longo dos séculos tem mantido.