Cultivares de oliveira de Trás-os-Montes: caraterização de frutos, endocarpos e azeites de seis cultivares minoritárias
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A região de Trás-os-Montes é a segunda região nacional produtora de azeitona destinada à produção de azeite. Esta região
possui um rico património olivícola, com a existência de oliveiras centenárias por toda a região, e que em grande parte é
desconhecido ou se encontra por caracterizar, especialmente no que respeita às cultivares minoritárias. Neste sentido, o
presente trabalho teve por objetivo proceder à caraterização de seis cultivares de oliveira da região de Trás-os-Montes ao
longo de duas campanhas de produção distintas (2016-2017).
A região de Trás-os-Montes é a segunda região nacional produtora de azeitona destinada à produção de azeite. Esta região possui um rico património olivícola, com a existência de oliveiras centenárias por toda a região, e que em grande parte é desconhecido ou se encontra por caracterizar, especialmente no que respeita às cultivares minoritárias. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo proceder à caraterização de seis cultivares de oliveira da região de Trás-os-Montes ao longo de duas campanhas de produção distintas (2016-2017). Foram seleccionadas 20 árvores centenárias, das cvs. Lentisca (3 árvores), Madural (3 árvores), Rebolã (3 árvores), Redondal (3 árvores), Verdeal (2 árvores) e Verdeal Transmontana (7 árvores). De cada árvore foram colhidos cerca de 3 kg de azeitona, sendo retirada uma amostra de 40 frutos que foram caraterizados morfologicamente e respetivos endocarpos, de acordo com as fichas UPOV para caraterização de cultivares de oliveira. Das azeitonas restantes foi extraído azeite que foi caraterizado. A cv. Redondal apresentou os frutos mais pesados (5,85 g ± 0,82 g) e a Lentisca os mais leves (2,30 g ± 0,71 g), sendo os endocarpos da cv. Madural os mais pesados e da cv. Verdeal Transmontana os mais leves. Todos os azeites obtidos foram classificados na categoria de azeite virgem extra. Consistentemente, em ambos os anos, os azeites da cv. Redondal apresentaram uma maior resistência à oxidação, maior teor em fenóis totais, maior teor em vitamina E, e maior relação C18:1/C18:2. Contrariamente, os azeites da cv. Madural foram os que apresentaram menor resistência à oxidação e menor relação C18:1/C18:2, o que indica a importância dos ácidos gordos ao nível do tempo de prateleira dos azeites. Os azeites da cv. Verdeal, apresentaram o valor mais baixo de fenóis totais e de vitamina E. Sensorialmente as notas predominantes foram a tomate, maçã, frutos secos, erva fresca, rama de tomate e couve, registando-se alguns atributos específicos como a banana (cv. Madural), cereja (cv. Lentisca e cv. Madural), alperce (cv. Lentisca e cv. Madural) e kiwi (cv. Madural).