Análise Crítica dos Métodos de Valoração Económica dos Bens e Recursos Ambientais
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Da crescente inquietação com a qualidade dos bens e serviços gerados pela indústria e simultaneamente, a redução do bem-estar social, resultou a Valoração Económica de Bens e Recursos Ambientais (VEBRA). Esta quantificação permite obter os custos e benefícios directos e indirectos da mudança qualitativa e quantitativa dos bens e serviços ambientais e seus impactos, daí a sua relevância na avaliação de projectos, medidas e políticas governamentais.
O objectivo deste trabalho é efectuar uma análise crítica, sustentada numa revisão bibliográfica, dos critérios de valoração económica de bens ambientais, com maior incidência nos métodos que utilizam mercados de bens complementares e mercados hipotéticos.
Conclui-se que a quantificação da qualidade ambiental, para além de complexa, atribui a cada critério determinados pressupostos, tornando-os inaplicáveis a todas as situações. De facto, se a qualidade ambiental dos bens convencionais possui complementaridade evidente, ainda que em diferente medida, os valores atribuídos aos recursos poderão ser subestimados e os mercados complementares/substitutos constituir parâmetros ineficientes