A maioria da castanha portuguesa tem como destino o mercado nacional e internacional do fresco. Em termos médios, a castanha chega aos operadores com cerca de 15 a 30% de castanha bichada, dependendo das condições climáticas do ano e do maneio do souto. Esta perda pode representar cerca de 10 000 t de castanha (cerca de
imediato para refugo. Esta elevada percentagem, além de causar prejuízos significativos, levanta sérios problemas no processamento da castanha visando a sua colocação no mercado. A recente proibição da utilização na Europa do brometo de metilo para a desinfestação da castanha, veio criar novas dificuldades aos operadores, que ainda não estão completamente solucionadas. O método atualmente mais usado é a imersão de castanha em água quente (choque térmico). Este processo tem criado dificuldades de conservação da castanha nos processos de exportação de longo curso. Outras soluções foram já tentadas com algum sucesso quanto ao efetivo controlo da praga, como a irradiação e a pressurização. Contudo apresentam limitações à sua execução quanto aos custos envolvidos e à capacidade de processamento de grandes quantidades de castanha. Assim, outras possibilidades deverão ser consideradas.
As unidades de processamento debatem-se ainda com o aparecimento muito frequente de podridões nas castanhas, provocadas por diversos fungos (Penicilllium sp., agentes causadores da podridão verde; Ciboria batschiana (syn. Sclerotinia pseudotuberosa), agente causador da podridão negra; Gnomoniopsis sp. e Phoma endogena, agentes causadores da podridão castanha, ou mumificação) que podem levar à destruição completa do lote de castanha. Este problema é um óbice ao prolongamento no tempo da oferta de castanha de qualidade, conforme as necessidades do mercado exigem atualmente.