Educação em ciências de cariz experimental em contexto de jardim de infância
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A educação em ciências de cariz experimental e com orientação CTS (Ciência Tecnologia e Sociedade)
é uma via para uma educação mais humanista, mais global e menos fragmentada, contribuindo para
o desenvolvimento da literacia científica dos cidadãos. Uma educação que privilegie a realização de
atividades experimentais, recorrendo a metodologias ativas, participativas e participadas, é essencial
para iniciar a envolvência das crianças para as ciências e para a construção, ainda que simplificada,
de conceitos científicos, para desenvolver o raciocínio, para contribuir para a compreensão do mundo
e para refletir no que poderá acontecer se se ousar experimentar para conhecer e inovar. Este estudo,
de natureza qualitativa e interpretativa, incide sobre a análise de 18 relatórios de formação elaborados
por educadoras de infância que frequentaram a Oficina de Formação promovida pela Associação de
Profissionais de Educação de Infância “Despertar para a Ciência - Atividades dos 3 aos 6 anos de idade
- Formação de Educadores - (Apoio à brochura - DGIDC)”, com a duração de 15 horas presenciais.
Pretende-se averiguar se as educadoras integraram o trabalho experimental nas suas práticas didáticopedagógicas
e de que forma o desenvolveram. Os resultados evidenciam que, globalmente, as formandas
privilegiaram a realização de atividades que trabalharam ao longo da oficina de formação e ressaltam
a importância da mesma para o seu desenvolvimento profissional. Reconhecem que a formação que
têm não é suficiente para lhes permitir pôr em prática atividades de ciências de cariz experimental
e investigativo, como apontam as orientações curriculares para a educação pré-escolar. Este trabalho
reveste-se de um carácter urgente para que as crianças tenham acesso a toda a informação científica e
tecnológica a que têm direito e se formem cidadãos informados e com capacidade de intervenção ativa
na tomada de decisão nas mais diversas áreas. Reforça-se, também, a ideia de que para uma educação
em ciências de qualidade, desde os primeiros anos, é necessário fornecer aos agentes educativos
formação que lhes permita o desenvolvimento do currículo e dos processos de ensino-aprendizagem
e lhes possibilite responder adequadamente à diversidade das experiências de infância presentes nos
múltiplos contextos educativos.