Criação de espaços inteligentes para a disponibilização de informação e serviços em Turismo Religioso
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A partir do século XVI desenrolaram-se, por toda a Europa, uma série de acontecimentos únicos que desembocaram, cada qual a seu tempo, nos horizontes nossos contemporâneos na relação da igreja com a sociedade. Entre os vários acontecimentos destaca-se a política de encomendas, construção e/ou reconstrução dos monumentos mensagem (Igrejas, Mosteiros, Conventos, Capelas e Santuários), fomentados pelo Concílio de Trento (1545- 1563), dando origem a obras de incontornável interesse com apetência para deslocações religiosas e/ou de carácter cultural (Guimont 1997; Vukoni ´c 1996), representando, no caso português, cerca de 75% de todo o património cultural inventariado. Na presença de tanto espólio, as dioceses têm feito, nos últimos anos, grandes investimentos no levantamento e classificação deste património, atribuindo-lhe o respetivo valor intrínseco, patrimonial e artístico, despertando a curiosidade da indústria do turismo; a título de exemplo, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima recebe anualmente cerca de quatro milhões de visitantes (Mendes 2012), corroborando as tendências das estatísticas oficiais da Organização Mundial de Turismo que indicam que cerca de 300 a 330 milhões de peregrinos visitam anualmente os locais religiosos mais importantes do mundo. Estes números revestem-se de grande significado, constituindo uma sólida base de trabalho, designadamente no que toca à introdução de novos formatos de inovação tecnológica no âmbito da informação turística não obstante da resistência continuada à sua absorção. Independentemente do instrumento em si, a sua finalidade, descritiva e explicativa, deverá estar em conformidade com as dimensões mais relevantes deste património que é “sacro por natureza, pela origem e pela finalidade” (Azevedo 1999: 5), visando informar os públicos.