Caracterização agronómica e química de variedades de lúpulo cultivadas em Bragança Conference Paper uri icon

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  • Nos últimos anos o mercado do lúpulo sofreu uma revolução com a expansão do mercado da cerveja artesanal. A mudança nas preferências dos consumidores e cervejeiros obrigou a redirecionar a produção em resposta aos novos interesses, com a valorização de variedades mais aromáticas. Portugal não é alheio a este movimento, existindo dezenas de cervejeiros artesanais a lançar os seus produtos especialmente através do mercado local. Esta nova tendência está a incentivar os produtores de lúpulo portugueses a apostarem em variedades aroma e novos operadores a investirem no mercado das cervejas artesanais. O presente trabalho incidiu sobre as variedades aroma direcionadas para o mercado da cerveja artesanal. O ensaio experimental decorreu em Pinela e incluiu as variedades americanas ‘Columbus’, ‘Cascade’ e ‘Comet’. Durante dois anos foram selecionadas plantas homogéneas de cada variedade para efeitos de amostragem. Em 2017 selecionaram-se plantas das variedades ‘Columbus’ e ‘Cascade’ e em 2018 também da variedade ‘Comet’. Avaliou-se a produção de biomassa (matéria seca por liana, matéria seca dos cones e massa média por cone), a concentração em ácidos amargos (ácidos alfa e beta) e também em nitratos e fenóis totais, bem como a composição química elementar dos cones. Relativamente aos resultados apurados para o ano de 2017, registaram-se diferenças significativas para teores em ácidos alfa, beta e fósforo (Columbus>Cascade), N, K, Ca e Mg (Cascade>Columbus). Relativamente aos resultados preliminares de 2018, registaram-se diferenças significativas entre todas as variedades para a concentração em fenóis totais e entre variedades para o peso médio por cone, teor em ácido beta, nitratos e boro. A variedade ‘Comet’ apresentou o maior valor de massa média por cone, maior concentração em boro e menor concentração em nitratos nos cones. A ‘Cascade’ apresentou maior teor em ácidos beta, fenóis totais e nitratos.
  • Os autores agradecem à Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal) e ao FEDER no âmbito do programa PT2020 pelo apoio financeiro ao CIMO (UID/AGR/00690/2019) e bolsa de doutoramento de Sandra Afonso (BD/116593/2016).

publication date

  • January 1, 2019