Hábitos Alimentares, Actividade Física e Estado Nutricional em Doentes com Depressão Capítulo de livro uri icon

resumo

  • A depressão, humor e stress nos indivíduos influencia a quantidade e tipo de alimentos ingeridos, o que se reflecte no estado nutricional e pode agravar o quadro clínico depressivo. O objectivo do estudo era avaliar a relação entre depressão, ansiedade e stress, hábitos alimentares, actividade física e estado nutricional, numa amostra de 29 indivíduos de um Hospital Psiquiátrico Português. Usou-se um questionário contendo dados antropométricos, questionário de frequência alimentar, questionário de actividade física IPAQ versão 8 adaptado e escala EADS de 21 itens para avaliar as afectividades. Os indivíduos tinham IMC de 29 6 kg/m2. 72,4% dos indivíduos tinha ingestão calórica insuficiente e os restantes excessiva. 55,2% tinham actividade física moderada, 27,6% intensa e 17,2% ligeira. A correlação da ingesta alimentar com as afectividades demonstrou que: maiores níveis de stress e ansiedade relacionavam-se com menor ingesta de frutas; maiores níveis de ansiedade relacionavam-se com menor ingesta de tomate e de proteínas; maiores níveis de depressão relacionavam-se com menor ingesta de carnes brancas. Estes resultados poderão evidenciar que a ingestão inadequada de proteínas e frutos ricos em glícidos importantes para regular os níveis de serotonina possivelmente estarão a contribuir para o quadro de depressão e o menor consumo de carnes brancas ricas em lípidos monoinsaturados importantes no controlo de peso podem estar a contribuir para o aumento do IMC.

autores

  • Gomes, Ana
  • Capitão, Fátima
  • Catarina Coelho
  • Ferreira, Luísa

data de publicação

  • 2010