Caracterização do perfil fenólico do extrato aquoso e hidroetanólico de Rosmarinus officinalis L..
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Desde a antiguidade que as plantas têm recebido grande atenção pelos benefícios
que trazem para a saúde humana. Em particular algumas espécies de plantas, para
além das suas características aromáticas, constituem uma fonte natural de diversos
compostos bioativos nomeadamente compostos fenólicos, que têm sido associados
a propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas, entre outras [1-4].
Neste trabalho, estudaram-se amostras de Rosmarinus officinalis L. (vulgarmente
designado como alecrim) fornecidas pelo Cantinho das Aromáticas Lda. (Vila Nova
de Gaia). Prepararam-se duas tipologias de extratos: aquoso (por infusão e
subsequente liofilização) e hidroetanólico (por maceração numa mistura
etanol:água 80:20, v/v e subsequente remoção do solvente). A caracterização
química dos extratos, realizada por HPLC-DAD-ESI/MS, revelou a presença de
compostos fenólicos com grupos cafeoil, mais especificamente 16 dos 18
compostos detetados, numa concentração total de 154,52±2 mg/g no extrato
aquoso e de 34,37±0.99 mg/g no extrato hidroetanólico. Os restantes compostos
quantificados correspondem a flavonoides que foram identificados como derivados
de flavonas e que apresentaram concentrações de 12,3±0,2 e 0,94±0,03 mg/g nos
extratos aquoso e hidroetanólico, respetivamente. O extrato aquoso apresentou
maior teor total de compostos fenólicos e maior concentração em cada um dos
compostos individuais comparativamente ao extrato hidroetanólico. O ácido
rosmarínico foi o composto mais abundante em ambos os extratos, com
concentrações de 68,5±0,1 e 13,1±0,1 mg/g para os extratos aquoso e
hidroetanólico, respetivamente.
Assim, os extratos de alecrim, ricos em compostos biologicamente ativos poderão
ser utilizados como ingredientes naturais no desenvolvimento de alimentos
funcionais com benefícios para a saúde do consumidor.