Atividades educativas não formais: experiências e representações de crianças e professores
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No final da década de sessenta, do século XX, ganha força de expressão o discurso sobre a relevância de se desenvolverem práticas educativas não escolares, caraterizando-as como de educação “não formal” e “informal”. Existem, como se sabe, critérios de diferenciação que permitem classificar os processos educativos em três vertentes (formal, não formal e informal). Nesta comunicação abrimos a altercação sobre a conjuntura que levou à categorização desses processos e sobre as relações que se tecem entre a educação escolar e não escolar, na senda de alguns autores, ou entre educação formal e não formal, na de outros. A discussão é apoiada nos resultados de um estudo que nos encontramos a realizar, partindo das seguintes questões de pesquisa: Quais as atividades socioeducativas em que as crianças se envolvem para além do tempo letivo? Como são percepcionadas essas atividades pelas crianças? E pelos professores? Qual(ais) a(s) motivação(ões) que orientam a participação das crianças em atividades não escolares? E a dos professores? Qual o papel das crianças na tomada de decisão sobre as atividades em que participam? e Que medidas promover para a melhoria da organização dos tempos livres das crianças?. A recolha de dados decorreu através da aplicação de dois inquéritos por questionário, realizado, um deles, a 25 professores e, o outro, a 109 crianças (dos 6 aos 12 anos), num contexto da zona norte de Portugal. Os questionários visavam conhecer as opiniões dos intervenientes no estudo acerca da participação em atividades educativas não formais, nomeadamente nas atividades de tempos livres. Ao percebermos os processos e os motivos de participação das crianças e dos professores e o que melhor define o papel dos espaços e das atividades de ocupação dos tempos livres, o estudo pretende que os resultados contribuam, de alguma forma, para a melhoria da organização desses espaços/tempos e a construção de oportunidades significativas de aprendizagem e de recreação das crianças.