Olhares sobre a (in)definição conceptual de educação para o desenvolvimento
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O plano de ação (2010-2015) da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento define um conjunto articulado de tipologias de atividades que tem por base a promoção da cidadania global, através de processos de aprendizagem e de sensibilização da sociedade para as questões do desenvolvimento, tendo como horizonte a ação orientada para a transformação social. Estão ainda consagrados neste plano objetivos específicos e medidas a implementar. Enquanto grupo de trabalho organizámos um Seminário subordinado ao tema “Educação para o Desenvolvimento: Um Desafio para Todos” e
pretendíamos que este se constituísse como um espaço de partilha e debate de práticas e experiências promotoras de Educação para o Desenvolvimento (ED), abrangendo as diferentes áreas e domínios de intervenção curricular. Convidámos todos os interessados [alunos, funcionários docentes e não docentes da Escola Superior de Educação de Bragança (ESEB)] a participar, recorrendo à apresentação de uma comunicação em formato de póster. A colaboração da comunidade educativa pretendia dar resposta à questão: O que fazemos na ESEB, no âmbito da ED? Decorrido o Seminário solicitámos
aos participantes que fizessem uma autoanálise do póster, considerando o seu conteúdo e, em função disso, que atendessem ao preenchimento de um inquérito por questionário, observando os princípios unificadores da ED e os quatro objetivos específicos que lhe estão associados. A mesma análise foi elaborada em paralelo pelo grupo de trabalho. Procedeu-se posteriormente a uma análise comparativa dos resultados. Neste estudo exploratório, de cariz qualitativo, podemos adiantar que, no olhar das investigadoras, e no que diz respeito aos princípios unificadores da ED, sobressai o princípio da cidadania
global. Se considerarmos os objetivos gerais salienta-se a promoção de atividades de sensibilização e de influência política, implicando a concertação entre atores. No olhar dos participantes, o princípio unificador da diversidade foi o mais indicado e quanto ao objetivo geral a escolha recai na promoção da capacitação das entidades públicas e das organizações da sociedade civil relevantes enquanto atores de ED e na criação de dinâmicas e mecanismos de diálogo e de cooperação institucional. Face aos resultados, e de modo a que possa existir uma maior e melhor convergência de olhares, pensa-se que
será importante proceder à redefinição da conceptualização de ED, tornando-a mais clara.