A rotação de culturas é um aspeto central na sustentabilidade da atividade agrícola. Permite diminuir os problemas fitossanitários e incrementar a fertilidade do solo, com redução de custos e impactes ambientais associados ao uso de pesticidas e fertilizantes. A introdução de pastagens na rotação potencia efeitos ecológicos positivos, sobretudo quando estas contemplam leguminosas. A utilização de leguminosas na rotação é a forma mais natural de promover a fertilidade do solo devido à fixação biológica de azoto. Este trabalho teve por objetivo avaliar a fertilidade do solo em duas folhas sujeitas a culturas diferentes na sequência de uma rotação. Uma das folhas teve uma pastagem durante cinco anos e a outra monocultura de milho. A experiência teve início no ano de mudança da rotação, isto é, quando a pastagem passou para a folha que vinha sendo cultivada com milho e vice-versa. A fertilidade do solo foi determinada a partir de um ensaio de campo em que se cultivou milho, em talhões envolvendo as duas folhas previamente cultivadas com pastagem e com milho em monocultura, um ensaio em vasos com cultivo de nabiça e centeio em solo proveniente das duas situações, colhido a duas profundidades, e através de diversas análises laboratoriais.
No primeiro ano de ensaio (2012) a produção de matéria seca de milho foi significativamente mais elevada na folha que tinha tido pastagem (15,3 t ha-1) comparativamente com a folha que vinha sendo cultivado com monocultura de milho (8,8 t ha-1). No ensaio em vasos, a produção de matéria seca de nabiça variou entre 1,72 e 4,27 g/vaso e a produção de matéria seca de centeio variou entre 2,63 e 4,82 g/vaso, sendo, em ambos os casos, os valores mais elevados obtidos nos solos provenientes da pastagem e da profundidade 0-10 cm. As diversas análises laboratoriais efetuadas confirmaram maior disponibilidade de azoto no solo nas amostras provenientes da pastagem em comparação com as amostras provenientes da folha de milho. O estudo demostrou que, a introdução de uma pastagem temporária numa rotação incrementa a fertilidade de solo.
Crop rotation is a central aspect in the sustainability of the agricultural activity. It allows to decrease phytosanitary problems and increase soil fertility, reducing costs and environmental impacts associated with the use of pesticides and fertilizers. The introduction of a pasture in a crop rotation brings ecological benefits, especially when it includes legume species. The use of legumes in the rotation is the most natural way to promote soil fertility due to biological fixation of nitrogen. This study aimed to evaluate soil fertility in two plots subject to different crops in the course of a crop rotation. One of the plots had a pasture for five years and the other maize in monoculture. The experience began in the year of crop change in the rotation, that is, when the grassland passed to the plot that had been cultivated with corn and vice-versa. Soil fertility was determined from a field experiment in which maize was cultivated in plots involving the two leaves previously cultivated with pasture and maize monoculture, an essay in pots with cultivated of turnip and rye in soil from both of situations harvested two depths, and through several laboratory determinations.
In the first year of the trial (2012) maize dry matter yield was significantly higher in the plot previously occupied with the pasture (15.3 t ha-1) compared with the plot that had been cultivated with maize monoculture (8.8 t ha-1). In pots experiments, dry matter yield of rye was between 1.72 and 4.27 g/pot and dry matter yield of turnip ranged between 2.63 and 4.82 g/pot, being in both cases the highest values obtained in soils from pasture and from the 0-10 cm soil layer. The laboratory analyses confirmed the higher availability of nitrogen in the soil samples from the pasture plot compared with the samples from corn maize monoculture plot. The study demonstrated that the introduction of a temporary pasture in a crop rotation increases soil fertility.