Plantas tradicionais portuguesas: o potencial antioxidante da utilização de extratos fenólicos
Conference Paper
Overview
Overview
abstract
Introdução: A utilização de plantas para fins medicinais constitui uma prática milenar, sendo hoje
oficialmente reconhecidas as suas inúmeras potencialidades. Contudo, com os avanços tecnológicos
a sua aplicação tem sido ultrapassada pela utilização de produtos obtidos por síntese química. Por
outro lado, tem-se observado uma alteração significativa de hábitos alimentares e de estilo de vida
da população, com o consequente aumento da prevalência de doenças crónicas. O processo de
envelhecimento prematuro parece também estar relacionado com os fatores anteriormente
mencionados. Tendo em conta os inúmeros benefícios das plantas medicinais, urge promover a sua
utilização com vista à promoção da qualidade de vida e alimentação saudável da população
Portuguesa.
Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade antioxidante de diferentes extratos
ricos em compostos fenóticos (infusão, decocção, extraio hidrometanólico) obtidos a partir de plantas
tradicionais portuguesas.
Materiais e Métodos: O potencial antioxidante foi avaliado através de ensaios de inibição da
peroxidação lipídica, poder redutor e neutralização de radicais livres), e correlacionado com a
composição fenólica, determinada por hlPLC-DAD/ESI-MS.
Resultados e Discussão: Salvia officinalis L. (salva) evidenciou o maior potencial antioxidante,
seguido de Thymus vulgaris L. (tomilho) e Origanum vulgare L. (orégão). Analisando por tipo de
extraio utilizado, e relacionando com a composição fenólica, a decocção e o extraio hidrometanólico
da salva apresentaram uma maior atividade antioxidante e uma concentração mais elevada de
compostos fenólicos, seguidos da decocção do tomilho e orégão. O ácido rosmarínico e a luteolina,
apigenina e hispudulina (salva), foram respetivamente o ácido fenólico e os flavonoides mais
abundantes em todas as amostras testadas.
Conclusão: São necessários mais estudos para aprofundar o potencial medicinal destas e outras
plantas tradicionais portuguesas. A divulgação do seu potencial benéfico e a sua consequente
reintrodução na dieta alimentar, seja sob a forma de infusões, condimento e mesmo a utilização dos
seus princípios ativos em produtos alimentares, poderão constituir estratégias promissoras.