Cancro pediátrico: uma realidade regional e nacional
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resumo
Enfermeiros Especialistas e Enfermeiros de Prática Avançada representam uma resposta à questão estrutural dos
sistemas de saúde. Na Europa não há convergência em termos de currícula no ensino de enfermagem (ISN,
2022; Antão et al., 2023).
Objetivos: (1) Propor um currículo comum para Enfermeiros Especialistas e Enfermeiros de Prática Avançada (2)
Implementar metodologias de ensino inovadoras e recursos apropriados.
Metodologia: Erasmus+ com os seguintes parceiros (ISNP, 2022): Universitatea de Medicina, Farmacie, Stinte si
Tehnologie George Emil Palade din Tirgu Mures, Romania; Instituto Politécnico de Braganca, Portugal; Klaipedos
Universitetas, Lithuania; Pixel – Associazione Culturale, Italy; Aristotelio Panepistimio Thessalonikis, Greece; GCS
ES Rhena, France.
Com as seguintes atividades: WP1 – Análise dos currículos europeus, WP2 -Grupo Think Tank (5 tomadores de
decisão, 5 enfermeiros, 20 palestrantes e instrutores), WP3 -Avaliação do curso online (50 docentes e formadores;
50 enfermeiros), WP4 -Avaliação do repositório digital (50 docentes e formadores; 50 enfermeiros).
Resultados: Os principais resultados incluem, criar (1) um Currículo comum inovador para a qualificação do
Enfermeiro Especialista e do Enfermeiro de Prática Avançada; (2) um curso on-line com aplicação de modernas
técnicas de ensino digital, o uso de técnicas de realidade virtual para qualificar Enfermeiro Especialista e
Enfermeiro de Prática Avançada, (3) um repositório de cenários de aprendizagem digitais e virtuais baseados em
realidade e desafios de diagnóstico de resolução de problemas para permitir o desenvolvimento de importantes
habilidades práticas.
Conclusão: Disponibilizar uma formação desta natureza contribuirá para o empoderamento dos enfermeiros num
quadros de competências validadas por um conjunto de instituições de ensino internacionais de referência.
O cancro pediátrico é raro e pode diferir do cancro dos adultos na forma como crescem e se disseminam, como
são tratados e como respondem ao tratamento (Children Cancer Cause, 2021).
Objetivos: (1)Quantificar a incidência de Cancro Pediátrico na região de Trás-os-Montes e Alto Douro (RTAD) entre
2014 e 2021 e comparar os dados de incidência regionais com os nacionais; (2)Quantificar a mortalidade por
cancro pediátricoa na região de Trás-os-Montes e Alto Douro (RTAD), nos últimos 15 anos e comparar os dados
de mortalidade regionais com os nacionais.
Metodologia: Da base de dados regional da ULSNe obtiveram-se, para cada concelho da RTAD, os casos de
neoplasia maligna, diagnosticados entre 2014 e 2021, nas faixas etárias 0-14 e 15-18 anos, agrupados em
neoplasia hematológica (NH), do sistema nervoso (NSN) e outras (O) (ULSNe, 2022). Calcularam-se os valores de
incidência (por 100.000 habitantes), para 8 anos no global da região, por concelho, considerando apenas os novos
casos e as respetivas populações de acordo com o INE (2021). O mesmo procedimento para o território nacional
(IARC; 2020; INE, 2021).
O vírus do papiloma humano (HPV) é o mais diagnosticado entre as doenças sexualmente transmissíveis e tem sido relacionado ao cancro do ânus, do colo do útero, da vagina, da vulva, do pénis e da orofaringe (SNS, 2022). A maioria de todos os cancros do ânus são induzidos por infeção persistente do Vírus do Papiloma Humano (Martel et al, 2017; Upadhyay et al, 2023).
Objetivos: Quantificar a incidência e a mortalidade do cancro do ânus associado ao HPV nos homens e mulheres em quatro países da Sul Europa: Portugal, Espanha, Itália e Grécia; avaliar diferenças na incidência e mortalidade por cancro do ânus associado ao HPV, entre os países em estudo.
Metodologia: Quantitativa, foram utilizados dados secundários obtidos através da plataforma desenvolvida pela “HPV Information Centre” (2020). A análise estatística foi realizada no WinPepi e aplicado o teste Fisher's exact. Para cada país, os dados foram analisados considerando a estratificação por género e por grupo etário, do ano 2020. A análise comparativa foi feita com recurso ao cálculo da razão padronizada de incidência (RPI) e razão padronizada de mortalidade (RPM). Para cada valor de RPI e RPM obteve-se o Intervalo de Confiança a 95% (IC95%).
Resultados: Incidência, nos homens, em Portugal observou-se um RPI = 225 (IC 95% [133; 356]) no grupo etário 75-79 anos e um RPI = 233 (IC 95% [155; 337]) em idades =>80 anos. Nas mulheres em Itália o RPI varia entre 127 (IC 95% [111; 143]) no grupo etário =>80 anos e 147 (IC 95% [128; 167]) no grupo etário 65-74. Na Grécia, dos 65-74 anos, o RPI = 46 (IC 95% [23;82]). Mortalidade nas mulheres, em Espanha dos 75-79 anos observou-se um RPM = 38 e (IC 95% [12; 90]) e em idades => 80 anos um RPM = 41 (IC 95% [24; 64]). Em Itália em idades =>80 anos o RPM = 139 (IC 95% [112;168]).
Conclusão: Portugal foi o país com maior incidência de cancro do ânus, no sexo masculino, no grupo etário com idade igual ou superior a 80 anos. Na Itália verificou-se uma mortalidade mais elevada, no sexo feminino, no grupo com idade igual ou superior a 80 anos.