Aquacultura: principais limitações e potencialidades dum sector em evolução
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A aquacultura visa a criação de organismos aquáticos, nomeadamente peixes,
moluscos, crustáceos e plantas aquáticas. Este processo implica a intervenção do homem
tanto a nível económico, no aumento da produção, como ao nível do repovoamento e da
protecção de espécies. A degradação dos habitats naturais, a poluição da água, a demanda
crescente e a sobre-exploração dos recursos aquícolas selvagens, epicontinentais e marinhos,
justificam a aposta no desenvolvimento do sector da aquacultura. É nesta perspectiva que
inicialmente será apresentada uma panorâmica da evolução da importância da aquacultura,
tendo em conta os principais constrangimentos e potencialidades futuras. De seguida, serão
apresentados aspectos genéricos relacionados com o processo produtivo de espécies
aquícolas tendo em conta os factores bióticos (e. g. características biológicas) e os factores
abióticos (e.g. qualidade da água) condicionantes. Serão também abordados os diferentes
processos de produção e focadas as sua vantagens e limitações, desde o sistema intensivo ao
sistema extensivo.A aquacultura não se resume apenas à “produção intensiva” de espécies
aquícolas para consumo humano. Neste contexto, existe um conjunto doutras oportunidades
com fins científicos e/ou técnicos diversos que envolvem, por exemplo, a manipulação genética
de animais e plantas (muito utilizada na aquariofilia) ou a conservação de espécies autóctones
ameaçadas. Por fim, será ainda realçada a importância da aquacultura num quadro de
sustentabilidade, com a devida mitigação de impactos negativos, muitas vezes associados à
aquacultura intensiva.