Plantas aromáticas e medicinais utilizadas em infusões: estudo comparativo do valor nutricional e contribuição energética
Conference Paper
Overview
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abstract
As plantas aromáticas têm vindo a ser tradicionalmente usadas na preparação de infusões pelo seu
aroma atrativo e sabor específico, mas também na medicina tradicional como agentes carminativos,
no combate à bronquite e úlceras, como diuréticos, depurativos e vermífugos, e ainda pelas suas
propriedades anti-escorbúticas, anti-plasmódicas, tónicas, antimicrobianas, anti-inflamatórias, antimutagénicas
e anti-carcinogénicas [1,2]. Não obstante, apesar do crescente reconhecimento dos
seus efeitos benéficos, tem-se verificado um decréscimo na diversidade destas ervas [3]. Para além
disso, a maioria dos estudos com plantas consumidas na forma de infusão, disponíveis na literatura,
não incluem análises em infusões (que é a forma realmente consumida), mas apenas em material
desidratado. Assim, o presente estudo teve como objetivo disponibiiizar informação relativa ao valor
nutricional e contribuição energética de infusões preparadas a partir de vinte e sete espécies de
plantas amplamente consumidas nesta forma, de modo a sistematizar os resultados obtidos para
uma comparação mais fácil.
A maioria das infusões analisadas apresentou frutose, glucose e sacarose em concentrações muito
baixas que variaram entre 6, 15 e 26,80 mg/100 mL, e oito destas infusões não revelaram a presença
de qualquer açúcar livre. Chamaespartium tridentatum (L.) P.E. Gibbs. subsp. cantabricum (Spach) e
Equisetum giganteum L. revelaram o maior teor de frutose (13,60 mg/100 mL) e glucose (12,65
mg/100 mL), respetivamente. Relativamente à sacarose, a maior quantidade foi encontrada em
Cymbopogon citratus (DC.) Stapf. (11,50 mg/100 mL). De entre as infusões analisadas, Lavandula
angustifolia Miller apresentou a maior contribuição energética (107,20 cal/100 mL), enquanto Mentha
x piperita L. (25,20 cal/100 mL), Thymus x citriodorus (Pers.) Schreb. (24,60 cal/100 mL) e Thymus
mastichina L. (33, 60 cal/100 mL) revelaram a menor energia, sem diferenças estatísticas
significativas. Os resultados obtidos no presente estudo de sistematização irão permitir ao leitor fazer
uma fácil e rápida comparação entre estas infusões de plantas aromáticas no que respeita ao seu
valor calórico.