Fisiologia atractiva erógena na adolescência: um olhar atento dos profissionais de enfermagem dos cuidados de saúde primários
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O cérebro tem, por via da sua atividade química, um papel determinante nos prenúncios físicos e emoções
ligadas ao amor. O sistema límbico, designadamente o hipotálamo, está intimamente ligado ao controlo das emoções
e à capacidade de amar. Quando uma pessoa se sente atraída por outra, as suas zonas potencialmente erógenas
desassossegam-na, provocando-lhe períodos de inquietação, ansiedade e excitação. Acariciar uma zona erógena,
potencialmente inflamável, pode ser o equivalente a despoletar um fogo de artifício, um brinde ao prazer hedonista.
Identificar e analisar o olhar dos enfermeiros dos Cuidados de Saúde Primários portugueses sobre a fisiologia
e as zonas erógenas dos jovens adolescentes com que diariamente privam no âmbito da sua atividade profissional. Estudo de investigação observacional, descritivo transversal e correlacional, eminentemente quantitativo.
Apoiado numa amostragem probabilista, amostra aleatória simples, composta por 1735 enfermeiros dos Cuidados de
Saúde Primários de 226 Centros de Saúde de Portugal. Usamos um questionário, voluntário e anónimo, que obedece
aos princípios éticos universais que regem a investigação, elaborado com recurso a trabalhos realizados em paralelo
com o nosso estudo e tendo por base o estado da arte, criámos uma escala de Likert com 12 itens com vista a medir a
intensidade das opiniões ou as reações do indivíduo.
Dos 1735 enfermeiros, (93,3%) são do sexo feminino e (6,7%), do sexo masculino, com idade média de
39 anos. Pela análise da mediana, observamos que (50%) dos enfermeiros tem entre 22 e 37 anos e igual percentagem
têm entre 37 e 68 anos de idade. Geograficamente (7,5%) exercem atividade nas regiões autónomas, (4,2%) na Madeira
e (3,3%) nos Açores; (92,5%) do continente, (46,3%) no interior e (46,2%) no litoral, (54,1%) vive em meio urbano e
(45,9%) em meio rural. Dos inquiridos (79,9%) frequentou o ensino público, (20,1%) o ensino privado (47,1%) são
licenciados. Quando vemos os rapazes através das raparigas, os inquiridos sugerem que as principais zonas erógenas
são os genitais (30,9%), a boca (25,7%), as nádegas (14,9%) os olhos (13,2%) as coxas (7,3%) e os cabelos (7,2%).
Quando os rapazes reparam nas raparigas, os inquiridos atentam que olham preferencialmente para os seios (32,1%)
seguindo-se os genitais (24,0%) a boca (12,6%) as nádegas (11,7%) os cabelos (8,0%) os olhos (4,8%).
Os olhos, nádegas, coxas, cabelos ou genitais podem dar asas à nossa imaginação erótica quando
recordamos ou discutimos um pormenor da pessoa que amamos ou pela qual nos sentimos fortemente atraídos. A
presença do corpo pleno de significados em todas as suas dimensões possibilita inúmeros pensamentos. Algumas
zonas erógenas excitam pensamentos e sentimentos que despertam um interesse extremo e a nossa curiosidade
aumenta quando nos centramos nos órgãos genitais. A análise estatística da opinião dos enfermeiros sobre as zonas
erógenas do adolescente relativamente ao sexo oposto por Sub-regiões e Regiões de Saúde, concluímos a existência
de relação.