Prevalência de Staphylococos Aureus resistentes à Meticilina no Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), Bragança
Conference Paper
Overview
Research
View All
Overview
abstract
Staphylococos Aureus tem sido reconhecido como um importante agente patogénico associado a infecções hospitalares e da comunidade. Logo que a Meticilina começou a ser comercializada, em 1960, culturas resistentes – MRSA – foram detectadas. Actualmente, estas estirpes tornaram-se endémicas em vários hospitais mundiais, principalmente, em países em desenvolvimento, [1] estando, uma vez mais, a reemergir como uma das maiores ameaças para a saúde humana e para o bem-estar do mundo inteiro. Com a evolução do homem e da Medicina, Staphylococos Aureus também evoluíram e adaptaram-se a uma vasta variedade de condições humanas e inovações médicas. [2]
Objectivo
Avaliar a prevalência de MRSA em pacientes do CHNE Bragança, entre 2008 e 2009.
Material e métodos
Nos anos em análise (2007 a 2009) foi estudado o universo dos doentes do CHNE Bragança em que foi testado o perfil de sensibilidade ao Staphylococos Aureus a três antimicrobianos, designadamente, meticilina/oxacilina, oxacilina e levofloxacina. Deste modo, para o 2007, a população/amostra era composta por 147 indivíduos, em 2008 por 200 e, em 2009 por 175.
Os dados foram fornecidos pelo CHNE Bragança e forma tratados, informaticamente, utilizando o SPSS (Statistical Package for Social Sciences). O tratamento dos dados envolveu o uso de estatística descritiva, nomeadamente, frequências relativas no caso das variáveis qualitativas e, no caso das variáveis quantitativas, a média e o desvio-padrão.
A população em estudo tinha, em média, 67,1 anos (± 22,3), verificando-se uma clara predominância do sexo masculino (61,9%). No que se refere à distribuição de casos por serviços, verificou-se nos 3 anos em estudo, que os serviços “Internamento Medicina Interna” e “ Urgência Geral” apresentam maior predominância de casos com 35,4% e 17,0%, respectivamente.
Comparando a prevalência de MRSA ao longo dos 3 anos em análise no CHNE Bragança, verifica-se que, no ano de 2008, ocorre uma diminuição brusca de resistências à meticilina/oxacilina (17%), embora nos anos de 2007 e 2009, os valores destas resistências sejam, relativamente, elevados com 50,3% e 46,9%, respectivamente.
No que diz respeito à resistência de Staphylococos Aureus à levofloxacilina, constata-se que estas são elevadas: 60% em 2007, 62% em 2008 e 60,6% em 2009.
Conclusões
A população em estudo era, maioritariamente, idosa, e do sexo masculino. Nos 3 anos em estudo, os serviços “Internamento Medicina Interna” e “ Urgência Geral” apresentam maior predominância de casos.
As resistências à Levofloxacina são mais elevadas que as da Oxacilina/Meticilina em todos os anos estudados. No entanto, registou-se uma tendência de diminuição em ambos os antibióticos. Relativamente à Oxacilina/Meticilina registou-se uma queda abrupta em 2008.