Gestão da fertilização azotada em agroecossistemas Conference Paper uri icon

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  • A agricultura dos países desenvolvidos utiliza azoto em excesso. A comunidade científica internacional tem dado grande importância a este tópico nos últimos trinta anos procurando identificar as razões, conhecer as consequências e estudar meios de minimizar danos. A agricultura desenvolvida utiliza azoto em excesso por quatro razões principais: o custo do azoto tem sido pouco significativo comparado com o valor das produções; as plantas respondem com exuberância ao azoto aplicado quando o elemento é limitante; as produções normalmente não decrescem quando se aplica azoto em excesso; e a qualidade das recomendações de fertilização emitidas pelos laboratórios é ainda de qualidade insatisfatória. Quando se aplica azoto em excesso a eficiência de uso do nutriente reduz-se. Na agricultura dos países desenvolvidos, de uma maneira geral, menos de 50% do azoto aplicado como fertilizante é recuperado pelas plantas. O restante perde-se para o meio ambiente. O azoto pode sair do solo na forma de nitratos, sendo lixiviado para aquíferos e cursos de água superficiais, originando a redução da qualidade da água para consumo e a eutrofização dos cursos de água e albufeiras. O azoto pode ainda sair do sistema solo/planta em formas gasosas e contaminar a atmosfera. Algumas dessas formas de azoto estão associadas ao aumento do efeito de estufa, à depleção da camada de ozono ou à redução do pH das águas da chuva (chuvas ácidas). Assim, por questões económicas e ambientais, é extremamente importante gerir de forma correcta a fertilização azotada. Neste trabalho faz-se uma breve revisão sobre este tópico.

publication date

  • January 1, 2011