Eficácia de diferentes métodos de inoculação de colmeias de Apis mellifera L. com esporos do fungo Ascosphaera apis
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A ascosferose é uma micose que afecta as larvas das abelhas em desenvolvimento, provocando a sua
morte e posterior mumificação. Esta é uma doença factorial, na qual diferentes circunstancias ambientais
podem contribuir para o início do processo patológico e consequentemente é difícil reproduzi-lo de forma
controlada nas colmeias. Um aspecto importante na investigação desta doença e no seu tratamento é
conhecer a fmma mais adequada de inocular os esporos nas colmeias. Neste ensaio foram estudados três
métodos de inoculação de colmeias de Apis mellifera com esporos de Ascosphaera apis, aplicando urna
nova técnica para induzir a doença, segundo o método de inoculação. Os esporos foram inoculados de três
formas: incluídos no alimento (glicose), misturados com o pólen e suspensos em água desti lada e
fumigados sobre os quadros; um quarto grupo de colmeias não foi inoculado ficando como colmeias de
controlo. Para cada forma de aplicação foram utilizadas 3 colmeias e todo o processo foi repetido 3 vezes.
Para comprovar a eficácia das distintas formas de inoculação foram extraídas porções dos quadros
contendo larvas de abelhas que se encontravam na fase prévia à operculação. Esta criação foi congelada
(I8°C, 24 horas) e posteriormente devolvida à colmeia para ser operculada. Após a operculação, esta
porção de cria foi recuperada e mantida numa incubadora, a 25°C, durante um período de 6 dias. De
acordo com os nosso resultados, as duas formas mais eficazes de inocular os esporos nas colmeias foi
fumigando-os em água destilada sobre os quadros e misturando-os com o pólen, com uma percentagem
média de mumificação de 90,63±3,34% e de 86,32±2, 18% respectivamente, não existindo diferenças
significativas entre ambos os tratamentos. Inocular os esporos com o alimento (glicose) mostrou-se
significativamente menos eficaz (60, 13±6, 74% de mumificação) e no grupo de colmeias de controlo a
percentagem média de mumificação foi de apenas 5,92±0, 1 O. Os resultados do presente estudo sugerem
que ambos os métodos apresentam uma elevada eficácia, no entanto, somos da opinião que é mais
interessante aplicar a inoculação com os esporos misturados com o pólen por ser uma técnica mais
simples.