A gestação influencia a função sexual feminina, particularmente nos domínios do
desejo e da excitação, revelando a importância da abordagem do tema pelos profissionais
de saúde. O nosso objetivo foi perceber o impacto da gravidez na sexualidade do
casal. Metodologia: realizou-se uma revisão sistemática com pesquisa de informação na
base de dados: Scielo e Medline. A pesquisa foi feita com as seguintes palavras-chave:
“sexualidade”; “gravidez”; “gestação”. O estudo realizou-se entre os meses de setembro
a novembro. Desta pesquisa resultaram 10 artigos que após a seleção foram selecionados
4 artigos. Em termos de resultados, verificou-se que 83% das grávidas possuiu
interesse na atividade sexual e apenas 4% respondeu não ter. Cerca de 68% referiu que
nunca ou raramente sentiu dor durante o coito e apenas 32% referiu ter dor. De acordo
com outro estudo realizado a 154 estudantes de medicina, 70% afirma que questões
relacionadas com sexualidade estão integradas em consultas de gestantes, apenas 20%
realizam estas questões voluntariamente. Menos de um quarto dos inquiridos alegava
segurança para responder a qualquer gestante e 71% afirmam não ter conhecimentos
específicos para o tema. Quanto às conclusões, constatou-se que a gravidez parece
não afetar significativamente a sexualidade, apesar de existirem tabus relativamente a
esta problemática. Parece haver alguma dificuldade relativamente aos profissionais de
saúde no esclarecimento de dúvidas quanto à sexualidade na gravidez. No entanto se
os profissionais de saúde tiverem conhecimento científico adequado podem tornar-se
agentes educativos e terapêuticos no atendimento de casais com dúvidas ou queixas a
nível sexual durante a gestação.