Eficiência de uso de azoto de fertilizantes enriquecidos com microrganismos fixadores de azoto
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No mercado têm surgido fertilizantes orgânicos enriquecidos com microrganismos fixadores
livres de azoto. Com esta tecnologia procura-se incrementar a disponibilidade de azoto para as
plantas, na medida em que estes microrganismos sendo heterotróficos podem melhorar a sua
capacidade de fixação de azoto devido a serem colocados junto ao substrato alimentar. Após a
exaustão do substrato e com o declínio destas comunidades microbianas espera-se que resulte
mais azoto disponível para as plantas. Neste trabalho reportam-se resultados de ensaios que
decorreram durante 2 anos em campo e em vasos. Foram usados dois fertilizantes orgânicos
enriquecidos com microrganismos (Biof1 e Biof2), um fertilizante orgânico não enriquecido
(Organ), um fertilizante mineral em dose de azoto equivalente à dos fertilizantes orgânicos
(Min1) e dupla (Min2) e uma modalidade testemunha, sem fertilização azotada. As doses dos
outros macronutrientes fósforo e potássio foram ajustadas com adubos elementares simples. A
experiência envolveu uma sequência de três culturas por ano (alface-alface-nabiça) e cevada no
final para avaliar o efeito residual dos tratamentos fertilizantes. Os resultados mostraram um
efeito significativo dos tratamentos fertilizantes sobre a produção de matéria seca e a
exportação de azoto. O adubo mineral originou os maiores valores e o corretivo orgânico não
enriquecido os valores mais baixos entre os fertilizantes. O tratamento testemunha apresentou
no geral menor produção de biomassa e exportação de nutrientes. O azoto aparentemente
recuperado teve os valores mais elevados com a aplicação da dose única do adubo mineral ao
fim de dois anos de aplicação (36,6% no campo e 33,5% nos vasos), ao passo que o corretivo
orgânico não enriquecido foi o que apresentou a menor eficiência de uso do azoto (18,6% no
campo e 2,4% nos vasos). O adubo mineral em dose dupla e os corretivos orgânicos
enriquecidos com microrganismos apresentaram um efeito residual mais elevado em ralação
aos demais tratamentos sobre o cultivo de cevada num ciclo cultural seguinte.