Avaliação do risco de efeito fitotóxico do ozono troposférico em ambientes Mediterrânicos do sul de Europa: uma revisão com ênfase na cultura da vinha

Existe uma preocupação crescente com os possíveis efeitos das alterações climáticas na indústria vitivinícola em relação à produtividade da vinha e à qualidade do vinho. Um estudo de campo que envolveu medições de ozono superficial, medições meteorológicas e observações fenológicas da vinha foi realizado numa área de produção de vinhos de renome internacional, a Região Demarcada do Douro (RDD). A avaliação dos possíveis efeitos fitotóxicos sobre a qualidade e a produção do vinho foi estimada com base num índice cumulativo de exposição ao ozono (o AOT40) e num parâmetro de dose de ozono fitotóxica (o POD6). Os padrões espaciais desses parâmetros também foram calculados através da aplicação de um modelo químico de transporte atmosférico (CHIMERE) e um modelo de deposição seca de ozono (EMEP). Os principais resultados indicam que a exposição da vinha a níveis de ozono da magnitude dos registados pode causar perdas até 10% na produtividade, porém esta relação requer estudos adicionais para uma mais correta integração das condições ambientais específicas da RDD, especialmente no que diz respeito ao comportamento das castas cultivadas na região, nas metodologias de cálculo destes parâmetros.

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