Dos contextos de formação aos contextos profissionais: socialização, supervisão e construção de competências
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Seguindo as orientações conceptuais que estruturam a formação na docência, este estudo pretende conhecer a forma como os educadores de infância conjugam, no momento de estágio, as orientações teóricas e os modelos que observam na prática, bem como as competências profissionais que consideram ter construído durante este processo formativo. Privilegiaram-se métodos qualitativos de recolha e análise da informação provenientes de entrevistas semiestruturadas e dos portfólios dos estagiários, triangulando posteriormente os dados. As conclusões explicitam, na socialização dos estagiários, os seguintes aspectos: (1) Modelo de formação; (2) Processo de socialização nos contextos profissionais; (3) Práticas de supervisão e (4) Competências profissionais construídas.
Da análise e interpretação dos dados emergem os aspectos positivos e lacunas do modelo de formação. As representações sobre o processo de socialização dos estagiários evidenciam que o início do estágio é um momento de angústia, onde se vivenciam sentimentos de receio, dúvida e incerteza. Assumem-se a dimensão relacional e os contextos como factores influenciadores das ações e comportamentos, em situação de estágio. Nas práticas de supervisão coexistem orientações normativas, de distanciamento e colaborativas. Face às relações desencadeadas nos contextos os estagiários adoptam posturas de submissão, redefinição estratégica, colaboração e procura. Salientam-se também as competências construídas durante o estágio pedagógico. Com base nos resultados sugere-se: articulação do modelo de formação com a especificidade da educação de infância; adequação das práticas das educadoras-cooperantes a modelos mais largos de intervenção; mediação supervisiva como suporte na construção de competências profissionais.